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A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse nesta terça-feira (27) durante depoimento à CPI da Petrobras que hoje a empresa não compraria novamente a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A transação, concretizada em 2006, é alvo de investigações do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) devido a suspeitas de irregularidades.

No mês passado, em depoimento no Congresso, ela já tinha afirmado que a aquisição "não foi bom negócio". Nesta terça, Foster voltou a dizer que, “à luz da situação atual”, os números mostram que a compra da planta de refino norte-americana “não foi um bom negócio”. Num futuro próximo, segundo a presidente da petroleira, é possível que o negócio se torne interessante, “mas não seria feito novamente com as projeções e estratégias atuais”, declarou aos quatro senadores governistas que participam da reunião da CPI.

“Hoje, sabedores da venda de uma refinaria do porte de Pasadena, com a decisão de fazer refino no Brasil, com descoberta do pré-sal e com o mercado interno crescente, a Petrobras não faria aquela aquisição porque definitivamente não seria prioridade”, afirmou.

Convocação de ex-diretor
Mais cedo, a comissão aprovou requerimento de convocação do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele foi um dos 13 presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, suspeito de integrar uma quadrilha que movimentou mais de R$ 10 bilhões em operações de lavagem de dinheiro. Costa acabou liberado por decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

Conforme as investigações, o ex-diretor da Petrobras ajudou empresas de fachada mantidas pelo doleiro Alberto Youssef a fechar contratos com a estatal. Entre esses contratos aparecem as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Nessa operação, a PF estima que foram desviados até R$ 400 milhões da obra, considerada superfaturada pelo Tribunal de Contas da União.


O requerimento que pede a convocação do ex-diretor foi apresentado pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), e foi aprovado por unanimidade nesta manhã. Apenas senadores aliados ao governo têm participado das sessões da CPI. A oposição se recusou a participar da CPI porque pretende pressionar pela instalação de uma comissão mista, com presença também de deputados.

G1
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