Os
deputados discutiram na sessão ordinária da Assembleia Legislativa da
Paraíba (ALPB), desta terça-feira (27), sobre diversos temas de
interesse da população paraibana.
A
preocupação com a exploração sexual de crianças e adolescentes durante a
Copa do Mundo, a suposta falta de medicamentos em instituições de saúde
e problemas no abastecimento de água na Região do Cariri, foram temas
de discursos dos deputados.
A
deputada Iraê Lucena (PSDB) foi uma das primeiras a ocupar a tribuna.
Ela destacou a importância do Dia Nacional de Combate ao Abuso e a
Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em 18 de maio. Ela também
apresentou requerimento sugerindo Voto de Aplauso à Procuradoria Geral
do Trabalho da 13ª Região (PGT-13), à Casa de Pequeno Davi e a Concerne
Universal pelo lançamento da campanha “Não Deixe Esse Time Entrar em
Campo, que visa o combate à exploração infantil, durante a Copa.
“Como
presidente da Comissão Parlamentar de Turismo desta Casa, nós queremos
travar um debate com todas as gerências de hotéis de João Pessoa, para
que esse tipo de exploração não venha a acontecer”, disse a deputada.
Abastecimento no Cariri
João
Henrique (Democratas) denunciou a falta d’água que ocorre há vários
dias em municípios da Região do Cariri e cobrou providências da
Companhia de Água e Esgotos da Paraíba para que o problema seja
solucionado. “Deixo o meu apelo às autoridades competentes por este
setor, pois, independente de partidos, temos que nos unir para
solucionar essas deficiências hídricas que assola o Cariri e todo o
Estado”, afirmou.
Medicamentos
O
deputado Vituriano de Abreu (PSC) questionou a suposta falta de
medicamentos nas unidades de saúde do Estado e do município, em
Cajazeiras.
“Porque se fazer um São
João paralelo [Circuito do Forró] em Campina Grande, se a prefeitura
local já executa uma festa tradicional? O governo se esquece de cuidar
dos nossos doentes, dos obesos, dos diabéticos e de promover o
tratamento do câncer”, questionou.
Audiência pública sobre contas
A
audiência pública para debater as contas de 2011 do Governo do Estado,
que estava prevista para o último dia 21, no auditório da Ordem dos
Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB-PB), também foi tema de
vários pronunciamentos nesta terça-feira.
“Foi
algo dirigido [o tumulto], montado com o intuito de atrapalhar aquela
audiência pública, que seria de alto nível, mas infelizmente não pode
ser realizada. Os parlamentares dessa Casa devem e vão realizar uma
analise técnica e não política das contas para buscar entender porque a
auditoria do Tribunal de Contas do Estado indica pela sua reprovação. A
sociedade paraibana precisa saber disso”, comentou Janduhy Carneiro
(PTN).
Raniery Paulino (PMDB) cobrou a
harmonia e o respeito entre os três Poderes constituídos, Executivo,
Legislativo e Judiciário. Segundo ele, a ALPB busca cumprir a sua
prerrogativa de fiscalizadora dos atos do Governo ao analisar as suas
contas, de acordo com o que determina a Constituição Federal, a
Constituição do Estado da Paraíba e o regimento interno.
“Devemos
fazer uma reflexão sobre as nossas prerrogativas, pois não somos meros
despachantes de Governo. O governador teve uma grande chance de
apresentar a sua versão dos fatos, mas infelizmente perdeu a
oportunidade e lamentavelmente estiveram lá para badernar e para
bagunçar”, discursou Raniery Paulino.
Em
aparte, Vituriano de Abreu condenou o “tumulto” provocado pelos
participantes da audiência. “A maioria daquelas pessoas que estava ali
sequer sabia o que estávamos discutindo. Que valor teve esse gesto? Para
quê serviu aquilo? Em minha opinião, eles se passaram por bobos”,
disse.
Assessoria da ALPB