A
pequena cidade de Santo André, no Cariri paraibano, distante 238 Km de
João Pessoa, está sofrendo com a forte estiagem que afeta a Paraíba há
anos. Os agricultores do local estão sendo beneficiados com um programa
do Governo Federal que dá assistência aos trabalhadores afetados pela
seca, mas alguns contemplados não deveriam constar na lista do programa
‘Bolsa Estiagem’, simplesmente porque não se encaixam no perfil do
programa, como é o caso de um vereador e a esposa do presidente da
Câmara Municipal da cidade.
O vereador Antonino Rosendo de Medeiros
(PHS), líder do governo na Câmara, que recebe R$ 2.200 para exercer o
mandato de vereador e que é esposo da secretária municipal de Bem Estar
Social, Dilvade Medeiro Rosende, que recebe mais de R$ 2.000 para ser
gestora na cidade, não deveria está entre os beneficiados, porém, o
MaisPB constatou, na noite desta segunda-feira (10), que o nome do
parlamentar consta entre os beneficiados do Bolsa Estiagem. O extrato
retirado no site do Ministério da Integração delata o beneficio ao
vereador.
O presidente da Câmara de Santo André,
Avandir Sales Camilo (PT do B), não recebe o benefício, mas a esposa do
parlamentar, Vanilda Severino de Oliveira Camilo, está na lista de
contemplados pelo Ministério da Integração.
Avandir Sales recebe quase o dobro do
que os outros vereadores por ser presidente do Poder Legislativo. Ele é
do mesmo partido da prefeita de Santo André, Silvana Marinho prefeita
(PT do B).
O Bolsa Estiagem é um auxílio financeiro
a agricultores familiares que vivem em municípios em situação de
emergência ou calamidade pública reconhecida pelo Governo Federal. Pelo
Bolsa Estiagem, cada produtor recebe a quantia total de até R$ 1.520,00,
em parcelas mensais de R$ 80,00, por meio do cartão de pagamento do
Bolsa Família ou do Cartão Cidadão.
Para receber o benefício o agricultor
deve possuir a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), estar no Cadastro Único
para Programas Sociais (CadÚnico) e possuir renda de até dois salários
mínimos e não ter aderido ao Programa Garantia-Safra.
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Por Jean Ganso,com MaisPB