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Pai que teve o corpo do filho trocado
Duas famílias tiveram os corpos de bebês recém-nascidos trocados na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos a 290km de João Pessoa. O fato foi registrado nesse domingo (2) após uma das famílias perceber o erro da casa de saúde. O procedimento inadequado teria sido feito por uma técnica de enfermagem e uma assistente social, conforme atestou Paulo Ataíde, direto geral da unidade.

 A direção da Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos, já abriu sindicância interna para apurar a troca de corpos de bebês que foram a óbito após nascerem prematuros e permanecerem na UTI por alguns dias.

Segundo explicou a direção, uma servidora, que atua há 20 anos naquela unidade de saúde, não leu a etiqueta de identificação dos bebês e entregou o corpo de um deles à família errada. O engano foi desfeito assim que a direção da Maternidade identificou o acontecido, determinando, em seguida, a imediata apuração dos fatos.

O diretor  da Maternidade, dr. Paulo Sérgio, explica que os bebês que faleceram eram de gravidez de alto risco, nasceram prematuros e estavam na UTI recebendo cuidados especiais. Eles foram à óbito por não resistirem a prematuridade. “O erro na identificação foi da funcionária que não leu as etiquetas e nós já abrimos sindicância para apurar os fatos", destaca dr. Paulo.

 “Ao identificarmos o erro, agimos de imediato, tanto no sentido de desfazer a troca, quanto de apurar o erro da funcionária”, completou Paulo Sérgio.

A direção da Maternidade de Patos, que integra a rede estadual de saúde, disse que "lamenta profundamente o ocorrido e pede, publicamente, desculpas aos familiares dos bebês que tiverem a identidade trocada, reafirmando que os métodos a serem adotados pela direção da maternidade evitarão fatos como este daqui em diante".

O ajudante de pedreiro, Tiago Lustosa, de 22 anos, disse que a troca dos corpos foi percebida quando o caixão carregando o cadáver de seu filho chegou em casa, conforme relatou durante depoimento ao delegado Elcenho Engel, na seccional da Polícia Civil de Patos.

“Minha mulher viu a pulseira no braço do menino diferente que estava na maternidade. Quando retornei para reclamar o erro, o corpo do meu filho ainda estava no necrotério do hospital”, disse o pai informando que retornou com o corpo da criança para ser feita a troca.

De acordo com a maternidade, os bebês – que eram do sexo masculino – nasceram prematuros e, após alguns dias na UTI, não resistiram às complicações do parto. O sepultamento já foi feito.

Durante entrevista à equipe da TV Correio/Record HD, o diretor disse que uma sindicância foi aberta e no prazo máximo de sete dias vai concluir o processo administrativo. “Inicialmente detectamos que houve erro da técnica de enfermagem e da assistente social. Elas poderão ser suspensas e até exoneradas, caso fique comprovado o erro das profissionais”, concluiu Paulo Ataíde. O caso vai ser investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Patos.
família com o corpo do filho correto
Família com o corpo do filho correto


Por Portal Correio
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