Pai que teve o corpo do filho trocado |
A direção da Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos, já abriu sindicância interna para apurar a troca de corpos de bebês que foram a óbito após nascerem prematuros e permanecerem na UTI por alguns dias.
Segundo explicou a direção, uma servidora, que atua há 20 anos naquela unidade de saúde, não leu a etiqueta de identificação dos bebês e entregou o corpo de um deles à família errada. O engano foi desfeito assim que a direção da Maternidade identificou o acontecido, determinando, em seguida, a imediata apuração dos fatos.
O diretor da Maternidade, dr. Paulo Sérgio, explica que os bebês que faleceram eram de gravidez de alto risco, nasceram prematuros e estavam na UTI recebendo cuidados especiais. Eles foram à óbito por não resistirem a prematuridade. “O erro na identificação foi da funcionária que não leu as etiquetas e nós já abrimos sindicância para apurar os fatos", destaca dr. Paulo.
“Ao identificarmos o erro, agimos de imediato, tanto no sentido de desfazer a troca, quanto de apurar o erro da funcionária”, completou Paulo Sérgio.
A direção da Maternidade de Patos, que integra a rede estadual de saúde, disse que "lamenta profundamente o ocorrido e pede, publicamente, desculpas aos familiares dos bebês que tiverem a identidade trocada, reafirmando que os métodos a serem adotados pela direção da maternidade evitarão fatos como este daqui em diante".
O ajudante de pedreiro, Tiago Lustosa, de 22 anos, disse que a troca dos corpos foi percebida quando o caixão carregando o cadáver de seu filho chegou em casa, conforme relatou durante depoimento ao delegado Elcenho Engel, na seccional da Polícia Civil de Patos.
“Minha mulher viu a pulseira no braço do menino diferente que estava na maternidade. Quando retornei para reclamar o erro, o corpo do meu filho ainda estava no necrotério do hospital”, disse o pai informando que retornou com o corpo da criança para ser feita a troca.
De acordo com a maternidade, os bebês – que eram do sexo masculino – nasceram prematuros e, após alguns dias na UTI, não resistiram às complicações do parto. O sepultamento já foi feito.
Durante entrevista à equipe da TV Correio/Record HD, o diretor disse que uma sindicância foi aberta e no prazo máximo de sete dias vai concluir o processo administrativo. “Inicialmente detectamos que houve erro da técnica de enfermagem e da assistente social. Elas poderão ser suspensas e até exoneradas, caso fique comprovado o erro das profissionais”, concluiu Paulo Ataíde. O caso vai ser investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Patos.
família com o corpo do filho correto
Por Portal Correio