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Medidor da CagepaO Ministério Público pediu e a Justiça deferiu liminar suspendendo todos os pagamentos de contas de água dos moradores dos bairros de Conpel, Vila dos Pobres, Santa Terezinha, Cacimba Nova, Cajueiro, Mercado, Centro, Bela Vista, Nova Brasília e  Vila Maia, no município de Pocinhos, no Agreste paraibano. 

A liminar havia sido pedida em ação civil pública ingressada pela promotora de Justiça Jovana Maria Silva Tabosa, a ação foi ajuizada por causa da constatação de diversas irregularidades no abastecimento de água potável no município de Pocinhos.

Foram instaurados dois procedimentos preparatórios com o objetivo de apurar as irregularidades. Uma audiência pública ficou acertada para a assinatura de um termo de ajustamento de conduta com a Cagepa. Entretanto, a companhia de água se recusou a assinar o Termo.

“Convém ressaltar que, apesar do serviço precário executado pela Cagepa, os consumidores vinham pagando suas contas em dia, razão pela qual, restou concedido a liminar para a suspensão de pagamento das contas de água dos consumidores dos citados bairros, no Município de Pocinhos”, explicou Jovana Tabosa.

A liminar concedida ficou o prazo de 90 dias, contados da publicação da decisão, para o início das obras necessária para melhorar a qualidade dos serviços prestados, sob pena de multa diária de R$ 3 mil.

CAGEPA

O procurador jurídico da Cagepa, Fábio Andrade afirmou que, mesmo não tendo sido oficialmente notificado, a companhia vai recorrer da decisão. “Até porque é um contrassenso acabar com o faturamento no município e, ao mesmo tempo, exigir investimentos”, argumentou o procurador.
Em relação ao Termo de Ajustamento de Conduta, Andrade informou que não foi assinado pela Cagepa porque o prazo dado pelo Ministério Público para construção das obras necessárias era completamente inviável. “Eles queriam que firmássemos um termo nos comprometendo a realizar as obras em 60 dias, sendo que este prazo é insuficiente até mesmo para fazer uma licitação”, esclareceu o representante da Cagepa.

Fábio Andrade afirmou que a equipe técnica já elaborou um problema e já tem previsão de recursos, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para resolver o problema em definitivo. “Mas isso leva muito mais tempo do que os 60 dias que o Ministério Público nos deu”, finalizou. 

Por Jean Ganso,Com Por Jean Ganso, Com Portal Correio
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