O diretor médico do Hospital Universitário Lauro Wanderley, no campus
I, da UFPB, em João Pessoa, Valério Vasconcelos, informou no início da
tarde desta quarta-feira (19) que a possibilidade de um paciente de 50
anos internado no 5º andar da unidade médica estar com o mal da vaca
louca ainda não foi descartada.
De acordo com Valério
Vasconcelos, o paciente foi encaminhado há 20 dias do município de
Cajazeiras, localizado a 475 quilômetros de João Pessoa, com sintomas de
demência rapidamente progressiva, que é um dos sintomas do mal da vaca
louca.
No entanto, o diretor disse que a doença é uma das
possibilidades que estão sendo investigadas, além de outras como mal de
Alzheimer e a doença de Creutzfeldt-Jakob, ou outro processo
infeccioso.
"Nós ainda estamos investigando e o mal da vaca louca é
uma das doenças investigadas, mas ainda não chegamos a um diagnóstico
preciso", reafirmou. Valério Vasconcelos disse, ainda, que um conjunto
de exames está sendo feito e somente após os resultados poderá dizer se
trata-se da doença.
O médico informou que estão sendo feitos
exames do líquido que banha o cérebro e a medula, tomografias e
ressonâncias. "Estamos tomando todas as medidas de precaução e fazendo
todos os exames necessários para chegarmos a um diagnóstico do
paciente".
O diretor médico do HU explicou que o mal da vaca louca
que também é conhecida como encefalopatia espongiforme bovina é
transmitida ao homem através da carne bovina contaminada por uma
particula chamada 'prion' que após ingerida pode passar meses ou anos
para que a doença venha a se desenvolver.
"Trata-se de uma
partícula infecciosa, que é adquirida quando os animais se alimentam de
restos de outros bichos, a exemplo de ossos triturados", disse.
Os
restos de outros animais, geralmente é dado ao gado como reforço
proteico que na verdade pode estar contaminando o rebanho, conforme o
médico. Ele aconselha os criadores a evitarem que o gado coma esse tipo
de coisa.
Valério Vasconcelos disse ainda que não há um prazo para
que se descarte a doença do mal da vaca louca no paciente paraibano,
depende de um conjunto de exames, além de investigações sobre o ambiente
de origem do paciente e alimentação que ele ingere.
"São muitos fatores envolvidos e estamos investigando para que cheguemos ao diagnóstico o mais rápido possível", reiterou.
Ele informou que exame que pode garantir que seja ou não o mal da vaca louca só pode ser feito pós-morte.
Por Jean Ganso,com Portal Correio