Em entrevista à nossa equipe, o delegado
responsável pelo caso, Dr. Walter Brandão, disse que ao ser preso,
Jardiel Manoel da Silva, vulgo “Pelé”,18 anos, confessou o crime e disse
que havia esquartejado o cadáver. O delegado disse também que uma menor
de 16 anos, companheira do acusado, teria confessado à polícia que
pediu para que “Pelé” desse a ela uma prova de amor e matasse a vítima.
Depois de ter assassinado a vítima
identificada até agora como “Ninho”, residente na cidade de Guarabira,
“Pelé” arrastou o corpo até o quintal da sua casa, numa distância
aproximada de 70 metros, com a ajuda de uma irmã de 16 anos, e enterrado
o rapaz ainda vivo. Nós conversamos com a irmã de “Pelé” e ela
confessou a participação.
A menor, acusada de ser a mandante do crime, disse que tinha muita vontade de ver uma pessoa matando outra e confirmou que havia pedido que seu esposo matasse a vítima como prova de amor. Muita fria e sem nenhum tipo de constrangimento, ela disse também que por pouco não matou a própria mãe dentro da própria casa e que já havia pedido várias vezes para que “Pelé” matasse um conselheiro tutelar da cidade de Alagoinha/PB, pelo simples fato de o mesmo já ter lhe levado à delegacia por várias vezes, por conta do seu envolvimento com outras infrações.
Na delegacia, “Péle” disse que estava
trabalhando numa plantação de abacaxi, quando a sua esposa chegou
dizendo que tinha um homem na sua residência querendo estupra-la. De
imediato ele foi em casa e lá começou uma discussão com a vítima. Eles
se afastaram da residência e dentro do mato, ele desferiu uma facada no
pescoço da vítima. Ainda segundo “Pelé”, vendo que o rapaz não tinha
morrido, ele desferiu outras facadas na boca e no umbigo. Ainda não
satisfeito, o acusado resolveu enterrá-lo vivo. “Pelé” disse que depois
de ter enterrado “Ninho”, lambeu a faca usada no crime e que só não
bebeu todo o sangue da vítima porque não encontrou nenhum copo por
perto.
Ao desenterrar o corpo, a polícia descobriu que o cadáver não havia sido esquartejado, como havia a suspeita.
Reportagem Juka Martins/Imagens Edu Chaves