Um em cada 5 pacientes de 20 a 35 anos
que apresentam problemas sexuais já se automedicou com algum tipo de
estimulante, seja remédios, como Viagra, ou fitoterápicos, como Ginkgo
biloba e ginseng. Esse é o resultado de uma pesquisa feita pelo Centro
de Referência em Saúde do Homem, da Secretaria de Estado da Saúde de São
Paulo.
Na hora da consulta, as explicações que mais ocorrem são a
curiosidade, a vontade de aprimorar o desempenho sexual e o receio de
falhar no momento da relação. No entanto, os comprimidos não apresentam
resultados para grande parte dos homens, segundo Joaquim Claro,
médico-chefe do serviço de urologia do hospital.
“A medicação não é instantânea e muito menos mágica como acreditam os
pacientes. Se o indivíduo já é saudável, o pênis dele não vai ficar
ainda mais rígido após o consumo. Portanto, não vai haver mudança no
desempenho”, afirma o médico.
Joaquim lembra que esses remédios podem desencadear dores de cabeça e
musculares, diarreia, alergias, visão dupla e, em casos mais severos,
até cegueira. Em associação com outros medicamentos, podem causar ainda
hipertensão e enfarte. Por isso, somente um especialista pode
diagnosticar a necessidade de uso e, ainda, o melhor método.
“Os efeitos colaterais são perigosos, mas há ainda o risco da
dependência psicológica. O homem passa a supervalorizar a droga e liga o
seu próprio desempenho sexual ao uso do remédio”, diz. Esta atitude
gera um grau elevado de ansiedade e o paciente fica com medo de não ter
mais relações satisfatórias se não contar com a ajuda medicamentosa.”
Segundo Claro, a prática de atividade física é uma maneira saudável e
eficaz de melhorar a atuação na hora do sexo. Os exercícios contribuem
com o condicionamento físico, melhoram a circulação sanguínea e aumentam
resistência trabalhando as regiões do peito, ombros, braços e pernas,
além de elevar a autoestima.
Por Jean Ganso, Com Focando a Noticia