Os agentes Kleber, Marcelo e Juca, da Polícia Civil de Guarabira, conseguiram colocar atrás das grades, na manhã deste sábado (14), um integrante de uma quadrilha especializada em instalar equipamentos em caixas eletrônicos que o possibilitava ter acesso às senhas e outros dados dos cartões de créditos de clientes.
Em entrevista ao repórter Juka Martins, o agente Juca, da PC, disse que já faz um bom tempo que o acusado vem sendo monitorado pela polícia e que era questão de tempo conseguir prendê-lo.
Acusado |
Após montar uma campana neste sábado, os policiais conseguiram prender, em flagrante, Antonio Markxesme de Sousa, 35 anos, natural do Ceará, mas que estava hospedado num hotel de Campina Grande-PB. Ele havia instalado um equipamento conhecido como “chupa cabra”, num dos caixas eletrônicos da agência do Banco Santander, de Guarabira.
Leitor falso de cartão de crédito |
Segundo as informações que foram repassadas pela polícia, o acusado sempre agia aos sábados, por não haver seguranças de plantão na agência e o número de saques e depósitos ser maior.
O modo usado para conseguir ter acesso às informações dos clientes era de profissional: ele colava, usando cola super bonder, um monitor (painel) e um leitor de cartão de crédito, falsos, sobre o painel verdadeiro do caixa eletrônico para armazenar os dados, de forma que ninguém suspeitasse. Depois o equipamento era retirado, por ele, e levado para colher os dados.
Monitor falso do caixa |
De posse das imagens do circuito interno de segurança da agência, os policiais começaram a acompanhar os passos do acusado e de mais dois comparsas, que aplicavam o golpe. Ao chegar à agência para verificar o caixa eletrônico que eles sempre manipulavam, o escrivão Marcelo, percebeu a fraude e, com os outros dois agentes ficaram aguardando Antonio voltar para retirar o equipamento que havia instalado do caixa e conseguiram prendê-lo. Como só havia três agentes, os outros dois conseguiram fugir.
Todo o material apreendido |
Os peritos do IPC da capital foram chamados para periciar o equipamento usado na fraude.
Antonio Markxesme, que já responde a processos, por estelionato, nos estados do Ceará, Piauí, Rio de Janeiro e na cidade de Campina Grande, foi levado para a DP de Guarabira e entregue ao delegado Formiga, para que tomasse as providências cabíveis.
Jean Ganso/Com Portalmidia