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O papa Francisco destituiu o bispo da diocese paraguaia de Ciudad del Este, Rogerio Livieres, acusado de ter acobertado casos de pedofilia e de má gestão da diocese, anunciou o Vaticano.

A determinação do pontífice foi anunciada em uma nota oficial, na qual papa reconhece que foi “uma decisão árdua tomada por razões pastorais”

O Vaticano informou da substituição mediante um comunicado no qual acrescentou que o pontífice argentino designou como comissário provisório – administrador pontifício em Sé Vacante – Ricardo Jorge Valenzuela

Na nota se esclarece, além disso, que a substituição de Rogelio aconteceu após um “cuidadoso exame” das conclusões das diferentes visitas apostólicas realizadas pela Congregação dos Bispos e pela Congregação para o Clero.

O bispo protagonizou um confronto público com o arcebispo de Assunção, Pastor Cuquejo, em relação à defesa que fez o primeiro do sacerdote argentino Carlos Urrutigoity, suspenso por pedofilia nos Estados Unidos.

O papa Francisco pediu ainda “unidade” e “reconciliação” dos bispos do país sul-americano.

República Dominicana

Recentemente, o Vaticano colocou em prisão domiciliar e abriu julgamento contra o ex-núncio na República Dominicana Josef Wesolowski, por abusos sexuais contra menores e posse de pornografia infantil.

“Estamos diante de uma mudança de paradigma. Houve um tempo em que os padres estavam protegidos. Agora, as coisas são vistas pelo lado da vítima”, declarou ao jornal “Corriere della Sera” o cardeal e teólogo alemão Walter Kasper, ligado ao papa Francisco.

“A linha do papa é clara, não podemos parar agora, ainda mais quando se trata de um bispo. Devemos ser claros”, disse o cardeal Kasper.

De acordo com Valesio de Paolis, que recebeu a missão do papa de renovar a congregação conservadora dos Legionários de Cristo após um escândalo de pedofilia, “até então a igreja não julgava o crime de pedofilia do ponto de vista sexual, e sim do ponto de vista disciplinar”.

“A detenção do arcebispo Wesolowski é uma importante decisão política e sem ambiguidade por parte de Francisco”, afirmou ao jornal “La Stampa”.

O Vaticano anunciou em maio que os tribunais eclesiásticos puniram pelo menos 3.420 padres e religiosos nos últimos 10 anos.

(Uol /agências internacionais)
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