Covardia.
Machismo. É como a coordenadora do Centro de Referência da Mulher
Ednalva Bezerra, Liliane de Oliveira definiu a atitude de um homem que
agride uma companheira. No ranking da violência contra mulher, João
Pessoa é classificada como a segunda cidade mais violenta do país,
conforme o Instituto Sangari .
De
janeiro até o mês de abril 200 mulheres procuraram ajuda no Centro de
Referência da Mulher. Em comparação com o mesmo período do ano passado,
houve um acréscimo de aproximadamente 95% no número de casos de
violência contra mulher.
Apenas
nesta semana, quatro mulheres foram vítimas de violência em João
Pessoa. Em destaque, a advogada Érica Vanessa Lira que foi atingida com
um tiro no rosto, continua internada no Hospital de Trauma, em estado
grave. Outro caso é o da estudante, Katherine Galdino, 18 anos que foi
supostamente jogada de um veículo em movimento na BR 230, e seu estado
de saúde é considerado gravíssimo.
Segundo
Liliane, esses dados confirmam a “epidemia” de violência contra a
mulher na Capital. “Proporcionalmente João Pessoa é muito violenta, essa
é uma realidade que convive diariamente com as mulheres”, disse.
Mais
de três mil mulheres já foram atendidas em seis anos de existência da
unidade de atendimento, afirmou a coordenadora. “Os dados ainda são
inferiores, em relação ao número de mulheres que sofrem violência, e têm
medo de denunciar”, enfatizou.
O
Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra é um espaço onde as
mulheres são acolhidas, orientadas e encaminhadas para a Rede de
Atendimento, através de uma ação intersetorial com as diversas
políticas. Conta com uma equipe multiprofissional, composta por
psicólogas, assistentes sociais, advogadas e arte educadoras.
Informações pelo telefone 0800 283 3883, das 7h às 19h.