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A crise começou a ser identificada nos últimos meses quando o hospital começou a receber uma demanda maior de pacientes

O Hospital Napoleão Laureano, considerado como o principal centro especializado no tratamento do câncer na Paraíba, corre o risco de ter o tratamento dos novos casos prejudicados. O motivo é uma dívida de mais R$ 5 milhões por serviços de quimioterapia prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital filantrópico realiza cerca de sete mil atendimentos mensais.

A dívida, segundo o diretor do Laureano, João Simões, se estende desde 2009. “Prestamos serviço ao SUS e o pagamento pelas sessões de quimioterapias não foi realizado. O SUS deveria ter feito o repasse para a Prefeitura Municipal de João Pessoa e, através da Secretaria Municipal de Saúde, nos faria o pagamento. Mas, a dívida vem se arrastando nesses quatro anos e já soma mais de R$ 5 milhões”.

A crise começou a ser identificada nos últimos meses quando o hospital começou a receber uma demanda maior de paciente com novos diagnósticos de câncer. “No hospital realizamos o tratamento mensal de 3.500 pessoas de toda a Paraíba. Os medicamentos utilizado na quimioterapia e radioterapia são muito caros. A receita mensal do hospital gira em torno de R$ 3 milhões. Com essa dívida, fica complicado para atender os novos pacientes com diagnósticos positivo para o câncer”, comentou o diretor.

Segundo João Simões, a nova lei sobre o tratamento de pacientes com diagnóstico de câncer deve ser iniciado, no máximo, em 60 dias. Mas, caso o pagamento não seja efetuado, o hospital poderá não cumprir a lei. “Vai ficar difícil seguir o que determina a lei. Devido à grande demanda em atendimento no hospital, a gente não tem como iniciar o tratamento tão imediato como prevê a lei. A medicação é cara e sem recurso não temos como iniciar as sessões”, explicou.

O diretor do hospital já se reuniu com os secretários de Saúde de João Pessoa e do Estado, Adalberto Fulgêncio e Waldson Souza, respectivamente, e explanou a dificuldade financeira dessa unidade filantrópica. “Conversei e eles se prontificaram a resolver o problema. Adalberto Fulgêncio garantiu que vai analisar a possibilidade de fazer o pagamento de uma parte da dívida ainda neste mês de julho. Um documento foi confeccionado pelos secretários e enviado para o Ministério da Saúde na perspectiva de sanar o débito com o Hospital Laureano”, confirmou João Simões.

Por Portal Correio
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