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"Paraíba ficou em 6º lugar no Brasil figurando entre os estados com mais perda na expectativa de vida, 1 ano e 8 meses".

Um estudo divulgado nesta sexta-feira (13), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela que a morte violenta de jovens em todo o País causa uma redução de sua expectativa de vida de até dois anos e sete meses.

Na Paraíba, a expectativa de vida ao nascer de jovens do sexo masculino entre 15 e 29 anos diminuiu um ano e oito meses. O levantamento considerou como morte violenta aquelas derivadas de homicídios, acidentes de transporte, suicídios, e mortes indeterminadas, levando em consideração dados de 2010.

A Paraíba ficou em 6º lugar no ranking nacional da redução da expectativa de vida dos jovens do sexo masculino nessa faixa etária. Confira abaixo a matéria completa divulgada pela Agência Brasil.

Veja a matéria na íntegra:

A morte violenta de milhares de jovens a cada ano no país provoca redução da expectativa de vida em todos os estados, revela estudo divulgado hoje (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em alguns estados, como Alagoas e Espírito Santo, a expectativa de vida dos homens diminui mais de dois anos por causa de homicídios, acidentes e suicídios de pessoas entre 15 e 29 anos.

De acordo com o Ipea, os homens de Alagoas têm perda de 2,62 anos em sua expectativa de vida. No Espírito Santo, a perda é de 2,14 anos. Outros nove estados têm redução de mais de 1,5 ano na esperança de vida por causa da violência na juventude: Bahia (1,81 ano), Amapá (1,74), Pará (1,73), Paraíba (1,69), Paraná (1,68), Pernambuco (1,66), Ceará (1,6), Goiás (1,53) e Mato Grosso (1,51).

Apenas três estados têm perda estimada menor do que um ano: São Paulo (0,78), Acre (0,95) e Santa Catarina (0,98). No Rio de Janeiro, a perda é de 1,32 ano e no Distrito Federal, 1,42. O estudo do Ipea também tenta contabilizar, por meio de um modelo econômico complexo, o “valor da vida”.
Conforme o cálculo do Ipea, as mortes violentas de jovens no país causam perda de bem-estar social equivalente a R$ 79 bilhões por ano. O custo equivale a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Segundo o pesquisador do Ipea Daniel Cerqueira, o impacto é diferente em cada estado. Nos estados mais violentos, como Alagoas, o custo das mortes violentas, de R$ 1,7 bilhão, chega a representar 6% do PIB. Em São Paulo, estado que registra a menor taxa de mortes violentas de jovens, o custo, de R$ 14,9 bilhões, representa 1% do PIB.

“A taxa de mortalidade é um custo de bem-estar social. É um custo em termos de dor, sofrimento, perda de produtividade, e representa um grande custo econômico. Só para ter uma dimensão do que representam R$ 79 bilhões, isso é mais do que o orçamento das secretarias de Segurança e de Justiça [ou Administração Penitenciária] de todos os estados”, disse Cerqueira.

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