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Os casos de homicídios registrados na Paraíba mais que triplicaram em uma década e colocaram o Estado em segundo lugar no Brasil no crescimento de assassinatos e o terceiro com a maior taxa de homicídios.

As informações estão no Mapa da Violência 2013, divulgado ontem pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, que coloca ainda João Pessoa como a quarta capital no país em número de crimes letais contra a vida.

Os dados apresentados pelo documento referem-se aos casos ocorridos de 2001 até 2011. Neste período, o número de homicídios cresceu 230,4%, passando de 490 casos em 2001 para 1.619, em 2011. Considerando apenas o assassinato de jovens, o aumento foi de 213,6%, com 198 mortes em 2001, saltando para 621 casos em 2011.

O estudo mostra ainda que a violência ultrapassa os grandes centros e atingiu o interior. Na Paraíba, seis municípios estão entre os 100 mais violentos do Brasil. Por registrar uma das maiores taxas no crescimento de assassinatos, a Paraíba está em segundo lugar no Brasil e perde somente para a Bahia, cujo aumento no número de crimes desta natureza atingiu 245,2%.

No período considerado pela pesquisa, a taxa de homicídios no Estado, para cada 100 mil habitantes, apresentou um crescimento de 202,3%, passando do 21º lugar em 2001, com uma taxa de 14,1, para 4º lugar, em 2011, com taxa de 42,7 homicídios por 100 mil. Com os resultados do último ano pesquisado, a Paraíba tem a terceira maior taxa de homicídios do país, ficando atrás de Alagoas (72,2) e Espírito Santo (47,4).

Segundo o Mapa da Violência 2013, a mesma progressão da violência no Estado figura com as vítimas jovens. O aumento de 198 casos, em 2001, para 621 em 2011, coloca a Paraíba em terceiro lugar em homicídios juvenis com aumento de 213,6%, perdendo apenas para o Rio Grande do Norte (313,1%) e o Pará (232, 1%).

No universo de 100 mil, a taxa registrada pela Paraíba foi de 88,2, e o Estado aparece em terceiro no ranking do Mapa, que aponta o estado da Bahia (83) em primeiro lugar, seguido pelo Rio Grande do Norte (66,7). A taxa registrada na Paraíba é ainda quase o dobro da taxa geral do país (53,4).

Apesar de a Paraíba não ter guerra civil ou conflito armado, a taxa se aproxima de países como Sudão (8,8), Afeganistão (9,9), Somália (24,4) e Sri Lanka (10,8). A violência que gera o assassinato dos jovens amedronta a população e, segundo informações da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba (Seds), acontece principalmente nas comunidades e bairros periféricos do Estado.

Em João Pessoa, no bairro de Mandacaru, a Polícia Militar está há 18 dias sem registrar assassinatos. No entanto, os últimos crimes desta natureza no bairro apontam como principais autores e vítimas os adolescentes e jovens. Segundo o comandante da Unidade de Polícia Solidária (UPS) do bairro, capitão Antônio Souza, as investigações apontam que a maior parte dos casos ocorreram nas comunidades Porto de João Tota e “Beira Molhada”, em que a atuação dos traficantes é mais comum.
“Nessas comunidades o tráfico de drogas é mais intenso. Os traficantes conseguem ‘escravizar’ essas pessoas, potencializando as ações nos filhos jovens, começando a envolvê-los no mundo das drogas. Quando ocorrem homicídios, na maioria dos casos, são pessoas entre os 15 aos 22 anos, envolvidos com o tráfico”, disse o oficial.

O mesmo fato apontado pelo policial coincide com a opinião dos moradores do bairro. Moradora de Mandacaru há 35 anos, a aposentada Francisca Sabino acredita que a morte dos jovens esteja diretamente ligada ao envolvimento com drogas.  “O jovem se envolve com droga, fica viciado, devendo. Se não pagar, morre”, lamentou.
 
JP: EXECUÇÃO DE JOVENS DUPLICA 

João Pessoa tem a segunda maior taxa de homicídios do país no ano de 2011, com 86,3 assassinatos no universo de 100 mil habitantes, ultrapassando até a taxa nacional, que foi de 36,4, de acordo com o Mapa da Violência 2013. Em número de casos de homicídios, a capital paraibana é a quarta do país e a terceira no Nordeste. Os assassinatos registrados em João Pessoa aumentaram 152,2%, de 2001 a 2011, perdendo para Natal (251,3%), Salvador (215,3%) e Manaus (181,1%).

O documento também mostra que o número de execuções de jovens em João Pessoa mais que duplicou. Na década considerada pela pesquisa, o crescimento registrado foi de 175,2%, passando de 105 casos em 2001, para 289 em 2011, ocupando a terceira colocação no Nordeste.

No universo de 100 mil habitantes, a capital paraibana também é segunda no país com a maior taxa de homicídios juvenis no ano de 2011, com a taxa de 215,1. A primeira é a cidade de Maceió, com a taxa de 288,1 por grupo de 100 mil jovens.

Com relação à situação de crimes de homicídios na Paraíba, cinco municípios, além da capital, aparecem entre as 100 cidades mais violentas do país, considerando as cidades com mais de 20 mil habitantes e o período de 2009 à 2011. A lista das cidades da Paraíba é encabeçada por Cabedelo, na Região Metropolitana da capital, que ocupa a quarta colocação, com a taxa de crescimento de 116,7.

As outras cidades paraibanas que aparecem na lista são Conde (23ª colocação), Santa Rita (27ª colocação), Mari (28ª colocação), João Pessoa (30ª colocação) e Patos (75ª colocação). Quanto às execuções de jovens no mesmo período e universo de 100 cidades com mais de 10 mil jovens, o estudo aponta seis municípios com maior número de assassinatos, são eles Cabedelo (6º lugar), Santa Rita (13º), João Pessoa (14º), Patos (64º), Bayeux (68º) e Campina Grande (90º).

Por Jean Ganso,Com Notícia PB
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2 Comentários

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  1. EXEMPLO DE GOVERNADOR BOM !!!!! BOM DE TOCAR FOGO !

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  2. Essa administração RC pensa em tudo mesmo, em tudo que ele precisa ... kkkkkkk

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