Segundo informações da Cagepa, os estouramentos são causados pela baixa
qualidade do material utilizado na construção da adutora, que tem mais
de 12 anos
Estouramentos sucessivos na adutora Coremas/Sabugi, na região do
Espinharas, deixou a população de 16 cidades sem água desde a última
sexta-feira (28). De acordo com informações da Cagepa, apenas na noite
desta segunda-feira (1) o abastecimento começaria a ser normalizado e
apenas na cidade de Patos. As demais cidades terão novamente água nas
torneiras a partir desta terça-feira (2). A adutora Coremas/Sabugi
possui 240 quilômetros, tendo sua captação no município de São Bentinho,
sendo responsável pela água que chega a 32 cidades.
Segundo o
assessor da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Juracy
Barbalho Beserra, os estouramentos – grandes vazamentos – acontecem
porque a adutora foi feita com material inadequado. “O correto seria
usar ferro fundido, que aguenta a pressão da água e do concreto que fica
sobre a tubulação, mas a adutora Coremas/Sabugi foi feita com fibra de
vidro”, explica Beserra.
Na sexta-feira (28) os técnicos da Cagepa
foram acionados por causa do rompimento da adutora logo na captação, em
São Bentinho. Com o vazamento em abundância, o barreiro que estava
vazio acabou se enchendo com a água que jorrava da adutora. Para fazer o
conserto foi necessário primeiro drenar toda a água do pequeno açude, o
que transformou a operação numa situação mais complexa e demorada.
Assim que o conserto foi feito, um novo estouramento foi detectado quase
no mesmo local e a mesma operação teve que ser repetida.
“O que
estamos fazendo é substituindo todos os trechos de fibra de vidro onde o
estouramento acontece por ferro fundido, mas devido às condições em que
a adutora foi feita, novos estouramentos vão surgindo”, explica o
assessor da Cagepa.
Paralelamente aos consertos que vão sendo
feitos na adutora, a Cagepa precisa providenciar soluções emergenciais
para que a população das cidades atingidas não fique complemente sem
água. “A solução emergencial é a ativação de poços artesianos e isso nós
temos feito em várias cidades, inclusive em Patos, em parceria com as
prefeituras”, explicou Beserra.
Ele finalizou dizendo que o
gerente regional Maciel Damasceno é um dos melhores técnicos da Cagepa e
por isso tem determinado esforços no sentido de garantir que os
consertos na adutora, que tem mais de 12 anos, sejam feitos com
materiais adequados e que, aos poucos, toda a sua extensão está sendo
substituída por material resistente.
Protestos
Alheios
aos problemas técnicas explicados pela Cagepa, a população dos
municípios que estão sem água desde a última sexta (28) foram às ruas
protestar contra o que consideram “descaso” das autoridades. O que eles
querem que os problemas sejam resolvidos definitivamente para que o
fornecimento de água não seja intermitente, como acontece hoje.
Por Portal Correio
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