Entre os investigados por irregularidades 
nos pagamentos dos precatórios – que são dívidas do Poder Público que 
devem ser pagas por decisão judicial – estão advogados, um juiz do 
trabalho e o corregedor do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região. O
 Superior Tribunal de Justiça (STF) afastou preventivamente o juiz e o 
corregedor dos respectivos cargos, segundo a PF.
Na operação, a PF
 também investiga o pagamento de honorários advocatícios sobre os 
precatórios. Um só advogado teria recebido cerca de R$100 milhões, 
conforme as investigações. Segundo a PF, o Conselho Nacional de Justiça 
(CNJ) determinou o bloqueio de mais de R$300 milhões que seriam pagos 
como uma das parcelas do precatório.
O Superior Tribunal de 
Justiça (STJ) determinou o afastamento preventivo do juiz do Tribunal 
Regional do Trabalho responsável pelos precatórios sob suspeita e do 
Corregedor do TRT da 14ª Região.
A decisão dos juízes envolvidos 
sobre os valores a serem pagos, e também sobre a incidência de juros e 
correção monetária que elevaram exageradamente os pagamentos, também 
estão sob investigação. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) bloqueou 
mais de R$ 300 milhões que seriam pagos como uma das parcelas do 
precatório.
Cerca de 200 policiais estão cumprindo, desde a 
madrugada, 64 mandados de busca e apreensão, e dois mandados de prisão, 
nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Brasília, Amazônia, São Paulo e 
Paraíba. A polícia ainda investiga quem seriam os seus reais 
beneficiários dos valores recebidos.
Na tentativa de evitar as 
investigações, os alvos da Operação Pretória ameaçaram autoridades 
públicas, entre eles um policial federal, um juiz e uma servidora da 
Justiça que, por ter flagrado a entrega de dinheiro a um magistrado, foi
 ameaçado e encontra-se sob proteção policial.
Por Jean Ganso, Com Portal Correio