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Seis policiais militares, tiveram a prisão preventiva decretada pelo assassinato de Tiago Moreira de Araújo, 25 anos, espancado até a morte no dia 5 de agosto deste ano, em Campina Grande. A decisão foi decretada na tarde desta quinta-feira (1º), pelo juiz Vandemberg de Freitas, titular da 4ª Vara Criminal. 

Imagem ilustrativaDe acordo com laudo da Polícia Civil, o jovem foi morto por asfixia por sufocação indireta, causando uma parada cardiorrespiratória.

“Houve uma compressão torácica provocada por uma ação contundente que provocou a asfixia”, detalhou o gerente operacional do IPC, Flávio Fabres. De acordo com ele, o laudo não pôde precisar qual o instrumento usado para que se fizesse a asfixia. “Contudo, o laudo toxicológico comprovou a presença de cocaína no corpo da vítima, o que contribuiu para a asfixia”, complementou Fabres. 

De acordo com a Polícia Civil, os policiais teriam imobilizado o jovem – que estava sob efeito de drogas – e o espancaram. O laudo ainda apontou que o pulmão de Tiago estava desgastado.

Ficou constatado que a vítima já chegou sem vida ao Hospital Doutor Edgley. Tiago apresentava marcas de torturas no corpo. Alessandra Alves, a esposa da vítima, disse que Tiago estava em processo de abstinência da droga e estava pedindo ajuda quando foi surpreendido pelos policiais que promoveram sessões de espancamentos.

Além das provas técnicas, o inquérito policial foi baseado na oitiva de 46 pessoas, entre as que testemunharam os fatos e os 18 policiais envolvidos nele. “O indiciamento foi baseado nos depoimentos colhidos. Todas as testemunhas afirmaram que a vítima sofreu agressões dos policiais mesmo estando algemada e amarrada, o que, junto ao laudo do IPC, caracterizaria tortura”, explicou a delegada Cassandra Duarte.

Por Jean Ganso,com Portal  Correio
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