A escolha do novo reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) já
está nas mãos da presidente Dilma Rousseff (PT). O Ministério da
Educação (MEC) encaminhou a lista tríplice, escolhida na eleição da
instituição, para a Casa Civil do governo federal no último dia 30. As
informações foram confirmadas pela assessoria de imprensa do MEC.
Em cumprimento a uma decisão judicial, o Conselho Superior da UFPB
encaminhou para o MEC em setembro a lista tríplice com os nomes dos
professores Margareth Diniz, Lúcia Guerra e Luiz Renato, mais votados no
pleito da universidade.
De acordo com as informações do MEC, a escolha do novo reitor agora depende apenas do despacho da presidente.
Segundo o ministério, esse trâmite não costuma demorar e a nomeação deve sair nos próximos dias.
A eleição da UFPB foi judicializada depois que o Consuni decidiu
adiar o segundo turno da eleição devido às greves dos professores e
servidores da UFPB. A professora Margareth Diniz, candidata mais votada,
recorreu na Justiça contra a decisão que determinou o adiamento. A
Justiça determinou que o segundo turno fosse feito, contudo, o Consuni
se negou a homologar o resultado da eleição.
O mandato do atual reitor, Rômulo Polari, termina no próximo dia 11
de novembro. Conforme a legislação, o gestor de qualquer universidade
federal será nomeado pelo presidente da República e escolhido entre
professores que possuam seus nomes inseridos em listas tríplices.
No primeiro turno, realizado em maio, Margareth Diniz obteve 49,66%
dos votos, a segunda mais votada foi Lúcia Guerra com 35,93% e Luiz
Renato obteve 9,96% . No segundo turno da eleição, ocorrido cerca de um
mês depois, a ordem de votação foi mantida com percentuais bem
diferentes: Margareth teve 94,61% dos votos e Lúcia, 5,39%. Porém, a
votação aconteceu em meio a um boicote promovido por Lúcia.
Por Jean Ganso, Com Jornal da Paraiba