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Guarabira (PB) - Bancada mofada, alvarás vencidos, médicos sem pagamento desde fevereiro, falta de profissionais e de equipamentos. Estas foram algumas das irregularidades constatadas no Hospital Regional de Guarabira pelo Ministério Público da comarca local. Segundo a promotora de Justiça, Ana Guarabira de Lima Cabral, a inspeção foi realizada para verificar as instalações e o funcionamento daquela unidade de saúde, administrada pelo Governo do Estado da Paraíba.

A promotora informou que, em relação à UTI adulto, constatou-se que os médicos da unidade não recebem salário desde o mês fevereiro desse ano, fato atribuído à ausência de repasse da Secretária de Saúde do Estado, principalmente aos valores devidos à Cooperativa de Médicos Intensivistas do Estado da Paraíba (Comit). Embora legalmente prevista, também não é paga a gratificação de coordenação da UTI, segundo constatou a representante do Ministério Público.

A promotora encaminhou ofício à Secretaria de Estado da Saúde para que se adote, num prazo de 15 dias, providências no sentido de regularizar o pagamento dos médicos que trabalham na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional “Antonio Paulino Filho”.

Os alvarás da Agência Estadual de Vigilância Sanitária e da Prefeitura de Guarabira encontravam-se vencidos. “Foi-nos relatado ainda que a UTI necessita de pelo menos 14 fisioterapeutas por causa do revezamento das equipes e dos plantões. Àquela unidade de terapia possui seis leitos, mas, apenas cinco funcionam”, disse a promotora Ana Guarabira.

Outras irregularidades encontradas na UTI foram a falta de manutenção nos monitores, bancada de preparo de medicamentos sem a higienização adequada e com paredes mofadas. Além disso, o sistema de refrigeração da UTI é inadequado, havendo possibilidade de contaminação do ambiente em decorrência da existência de frestas e não há máquina portátil para a realização de hemodiálise, nem eletrocardiógrafo, equipamento que é obrigatório. A sala de repouso dos profissionais que não possui banheiro.

Ana Guarabira de Lima informou ainda que, na parte laboratorial, foi verificada a urgente necessidade de microscópio e centrífuga. “Constatou-se, também, que o aparelho videolaparoscópico encontra-se parado por falta de manutenção, bem como que há vários monitores de UTI armazenados no almoxarifado, parados, necessitando de conserto”, relatou a promotora.

A representante do Ministério Público também requisitou relatórios da Agevisa, do Conselho Regional de Arquitetura sobre a acessibilidade no hospital, do Corpo de Bombeiros, bem como do Conselho Regional de Medicina.

Atendimento

De acordo com a promotora, são realizados cerca de 200 partos mensais no hospital, precisamente no mês de março houve 128 partos normais e 66 cesáreas. O Hospital Regional realiza também os serviços de lavanderia, esterilização de instrumental e parte laboratorial da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). O lixo hospitalar é recolhido duas vezes por semana pela empresa Serquip. A unidade de Hemodiálise do Hospital é gerida pela Nefrusa.

Por Jean Ganso,com Pb acontece
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