O número de mortos nos atentados de domingo nas áreas de maioria
xiita de Damasco e na cidade de Homs, no centro da Síria, subiu para 184
pessoas, segundo os últimos dados divulgados nesta segunda-feira pelo
Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Pelo menos 120 deles – 75 civis e 12 milicianos pró-governo –
morreram em quatro explosões na região de Sayida Zeinab, no sul de
Damasco.
Duas das explosões foram de carros-bomba, a terceira foi causado por
um terrorista suicida com um colete de explosivos e o quarto ainda não
tem origem conhecida.
Sayida Zeinab, que abriga uma mesquita de mesmo nome, está a cerca de
17 quilômetros ao sul da capital, e está protegida pelo grupo xiita
libanês Hezbollah, cujos líderes insistem que zelam por proteger as
áreas e os santuários xiitas dos ataques dos terroristas na Síria.
O número de mortos na explosão de dois carros-bomba no bairro de
maioria alauita (seita à qual pertence o presidente sírio, Bashar al
Assad) de Al Zahra, em Homs, aumentou para 64, entre os quais há 39
civis, disse o Observatório.
Os meios de comunicação oficiais sírios também elevaram o saldo de vítimas nesta série de atentados.
A agência de notícias oficial síria, “Sana”, afirmou que pelo menos
83 pessoas morreram e 178 ficaram feridas em “três explosões
terroristas” em Sayida Zeinab, provocadas por um carro-bomba e dois
suicidas com coletes explosivos.
Já em Homs, a agência informou de 30 mortos no duplo
atentado perpetrado com dois veículos carregados com bombas no distrito
de Al Zahra, citando o governador da província, Talal al Barazi.
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou
ontem em comunicados divulgados na internet a autoria destes ataques em
Damasco e Homs.
Os atentados coincidiram com o anúncio do secretário de
Estado americano, John Kerry, de um “acordo provisório” com seu colega
russo, Sergei Lavrov, para uma trégua no conflito sírio.
“Alcançamos um acordo provisório, um princípio de acordo
com Lavrov para deter as hostilidades nos próximos dias”, revelou Kerry
em Amã.
Terra