A Justiça Federal julgou procedente ação de improbidade administrativa contra o prefeito de Solânea,
 Beto Brasil. Ele foi penalizado com a suspensão dos direitos políticos 
por oito anos, ressarcimento integral do dano ao erário, em 
solidariedade com o outro réu (Elyene de Carvalho Costa), no montante de
 R$ 21.338,00, pagamento de multa civil equivalente a duas vezes o valor
 do dano ao erário e a proibição de contratar com o Poder Público pelo 
prazo de cinco anos.
Na ação, o Ministério Público Federal alegou que durante a gestão de 
Beto Brasil, o município de Solânea firmou o convênio nº 417/2004, cujo 
objeto era a aquisição de uma unidade móvel de saúde. Para a execução do
 objeto conveniado, foram realizados dois procedimentos licitatórios na 
modalidade convite, sendo a primeira para a aquisição do veículo e a 
segunda destinada à contratação da empresa para equipar o veículo com os
 instrumentos necessários para funcionar como ambulância.
Conforme a denúncia, a prefeitura de Solânea não adotou a modalidade 
de licitação correta, que, pelo valor, seria a tomada de preços, tendo 
fracionado indevidamente seu objeto e realizado dois procedimentos 
licitatórios na modalidade convite, dos quais participaram apenas 
empresas envolvidas na organização criminosa desarticulada pela 
denominada “Operação Sanguessuga” da Polícia Federal. O então gestor 
municipal interveio indevidamente no funcionamento da comissão de 
licitação, determinando que fosse realizado o procedimento indevido, o 
fracionamento da licitação, além de ter convidado empresas do mesmo 
grupo para participar do certame.
Para a Justiça, os réus Elyene de Carvalho Costa e Sebastião Alberto 
Cândido da Cruz (Beto Brasil) cometeram o ato de improbidade 
administrativa, visto que, de maneira dolosa, conduziram procedimentos 
licitatórios fraudulentos, com o fim de beneficiar empresas do grupo 
Planam, permitindo, assim, o desvio de verbas públicas federais, com 
consequente dano ao erário, no total de R$ 21.338,00, por meio do 
pagamento de veículo superfaturado.
Do Jornal da Paraíba