Três pessoas morreram na Venezuela por complicações associadas ao 
vírus da zika, anunciou o presidente Nicolás Maduro, nesta quinta-feira 
(11) à noite, no primeiro boletim oficial sobre vítimas fatais 
relacionado à doença.
“Casos confirmados, 319, dos quais 68 se complicaram, e, 
infelizmente, tivemos três mortos por zika em nível nacional”, afirmou 
Maduro, em pronunciamento transmitido pela televisão estatal.
Sem divulgar detalhes sobre o que causou os óbitos, o presidente 
acrescentou que, na Venezuela, há 5.221 casos suspeitos de zika “desde 5
 de novembro (de 2015), quando se detectou a presença do vírus em escala
 mundial, até 8 de fevereiro”.
Segundo Maduro, os 68 pacientes com complicações “estavam em cuidados
 intensivos”. Ele garantiu que o país conta com os medicamentos 
necessários para tratar os sintomas.
“Quero agradecer especialmente aos governos e às embaixadas de Índia,
 Cuba, China, Irã e Brasil, que nos deram todo o apoio para que os 
remédios e muito mais do que isso estivessem hoje na Venezuela”, 
acrescentou.
O único balanço sobre zika na Venezuela até então havia sido 
divulgado em 28 de janeiro pela ministra da Saúde, Luisana Melo, e 
relatava 4.700 pacientes suspeitos e 255 casos da síndrome 
Guillain-Barré.
A síndrome Guillain-Barré é uma doença autoimune que se manifesta 
como uma leve paralisia, que pode ser progressiva, dos membros.
Médicos locais advertiram que a aguda escassez de medicamentos e de 
água – forçando a população a armazená-la – ameaçam agravar o surto do 
vírus na Venezuela com a proliferação do mosquito transmissor, Aedes 
aegypti.
G1