O site ‘Pragmatismo Político’ traz neste final de semana matéria
‘detonando’ o senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Com o título ‘O passado
sombrio de um paladino da moral’, a reportagem faz um balanço dos
episódios negativos envolvendo o parlamentar paraibano.
“O histórico político do atual líder do PSDB no Senado é um dos mais
vexatórios de que se tem notícia. Hoje vociferando discursos em nome da
‘ética’, Cássio Cunha Lima (PB) já foi cassado pelo SE, quando
governador, por abuso do dinheiro público”, destaca a reportagem.
A matéria lembra, ainda, que pesa contra o senador Cássio uma
investigação comandada pelo juiz Sergio Moro. “À frente da Operação Lava
Jato, o juiz federal Sergio Moro também já atuou de forma ativa em
outro caso (bastante conhecido dos paraibanos): o ‘Escândalo do Dinheiro
Voador’ ou ‘Caso Concorde’, em que Cássio Cunha Lima é acusado de
distribuição de dinheiro para compra de votos”, diz o texto.
“A investigação ainda tramita em segredo de Justiça no Supremo
Tribunal Federal (STF), tendo como relatora a ministra Rosa Weber, que
recentemente pediu providências ao juiz Sergio Moro para dar celeridade
ao processo”, acrescenta a matéria. “Diferentemente da ‘celeridade’ que
pauta a Lava Jato, Moro não dispensou a mesma conduta e o processo
contra Cássio está parado”, cobra o site.
Saiba mais
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como um dos maiores sites de notícias e opinião do Brasil. Caracterizado
pela independência editorial, o espaço se destaca por disseminar
informações de qualidade e fomentar debates e reflexões que estimulam o
senso crítico.
Clique aqui ou leia abaixo a matéria completa postada pelo site ‘Pragmatismo Político’:
O passado sombrio de um paladino da moral
O histórico político do atual líder do PSDB no Senado é um dos
mais vexatórios de que se tem notícia. Hoje vociferando discursos em
nome da ‘ética’, Cássio Cunha Lima (PB) já foi cassado pelo TSE, quando
governador, por abuso do dinheiro público. Com um currículo tão frágil,
por que o senador se sente confortável para pedir moralidade sem ser
questionado?
O senador Cássio Cunha Lima foi enérgico em um discurso
quinta-feira (6) ao exigir que o Brasil realize novas eleições com o
objetivo de tirar Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República.
“Houve uma convocação, um chamamento do vice-presidente da
República e nós estamos aqui para concordar com ele, parcialmente, no
sentido de que só será possível encontrar alguém que unifique o país por
meio de novas eleições”, disse o líder tucano no Senado.
Cunha Lima, hoje um dos principais porta-vozes do impeachment de
Dilma Rousseff e conhecido pelas suas falas inflamadas de combate à
corrupção, se sente à vontade para vociferar em nome da ética e da
moralidade sem ser questionado.
Em 2008, o então governador Cássio Cunha Lima foi cassado por
unanimidade pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por uso indevido de
dinheiro público. Seu vice, José Lacerda Neto (DEM), também foi obrigado
pela Justiça a deixar o cargo.
O jornalista Paulo Nogueira, do DCM, enxerga com estranheza a blindagem de que goza Cunha Lima na mídia.
“Por conta da campanha que faz contra o governo de Dilma, Cunha
Lima tem sido entrevistado com frequência pela mídia nacional. Mas
ninguém toca em seu passado. Livre de explicações, ele acabou se
convertendo em mais uma amostra da blindagem de que gozam tucanos
perante a mídia”, afirma o jornalista.
Embora já reconhecido como Ficha Suja em 2010, Cunha Lima venceu e
concorreu a eleição para senador valendo-se da decisão do STF de só
aplicar a nova Lei da Ficha Limpa a partir das eleições de 2012. Se a
aplicabilidade da lei já estivesse em vigência em 2010, o atual senador
sequer poderia candidatar-se a um cargo eletivo.
Dinheiro voador
Além da ação pela qual teve o seu mandato cassado, Cunha Lima enfrenta outros graves entraves na Justiça.
Há mais de dois anos a ação criminal que investiga esquemas de
desvios de recursos e lavagem de dinheiro em sua campanha eleitoral de
2006 está parada aguardando a substituição do juiz pela ministra do
Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.
O líder do PSDB é réu na Operação Concord, da Polícia Federal, que apura esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro.
A operação é conhecida por ter provocado, literalmente, uma chuva
de dinheiro na capital paraibana, João Pessoa. Isso porque para não ser
pego em flagrante pela Polícia Federal, um operador da política local,
Olavo Lira, conhecido como Olavinho, teria jogado R$ 400 mil do alto do
edifício Concord.
Ministra pede providências a Sergio Moro
À frente da Operação Lava Jato, o juiz federal Sergio Moro também
já atuou de forma ativa em outro caso (bastante conhecido dos
paraibanos): o ‘Escândalo do Dinheiro Voador’ ou ‘Caso Concorde’, em que
Cássio Cunha Lima é acusado de distribuição de dinheiro para compra de
votos.
A investigação ainda tramita em segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF), tendo como relatora a ministra Rosa Weber.
Recentemente, Rosa Weber pediu providências ao juiz Sergio Moro para dar celeridade ao processo.
“Atribuo ao Juiz Federal Sergio Fernando Moro, magistrado
instrutor, os poderes previstos no referido dispositivo, para doravante
praticar os atos ali previstos e ordinatórios quanto ao trâmite deste
inquérito”, disse Rosa Weber.
Diferentemente da “celeridade” que pauta a Lava Jato, Moro não dispensou a mesma conduta e o processo contra Cássio está parado.
Emprego para a namorada e supersalário
Em 2013, o senador Cássio foi denunciado por empregar a namorada e
a sogra na prefeitura e na Câmara Municial de Campina Grande, sua
cidade natal. Jackson Azevedo, seu cunhado, também ganhou um cargo de
supervisor da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na cidade (relembre
aqui).
Derrotado na eleição do ano passado, quando tentava mais uma vez
ser governador do Paraíba, Cássio Cunha Lima confessou, em um debate
entre candidatos, receber um supersalário R$ 52 mil. A remuneração do
parlamentar tucano ultrapassa o teto constitucional brasileiro de R$
29.462,25, valor que é pago mensalmente a um ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Farra da boca livre
“Congresso banca `hábito gourmet´ dos parlamentares”. Foi com
esse título que o jornal Estado de S.Paulo denunciou (relembre aqui) as
despesas com bocas-livres patrocinadas por parlamentares em que eles
torram dinheiro público sem dó nem piedade.
O jornal ilustra a matéria com a reprodução da nota fiscal 221515
do restaurante “Porcão”, de Brasília, o preferido dos políticos que não
se importam com o valor da conta, emitida em nome do senador Cássio
Cunha Lima.
Valor: R$ 7.567,60, ou seja, mais de dez salários mínimos. Na
parte de “discriminação das mercadorias” encontra-se uma singela
informação: “Refeições”. Não diz nem quantas foram servidas porque isso,
certamente, não interessa a ninguém.
A boca-livre com dinheiro público foi oferecida pelo senador,
após uma homenagem a seu pai, o ex-parlamentar e ex-governador da
Paraíba Ronaldo Cunha Lima.
Fonte: Paraiba Já