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A ex-diretora adjunta do Presídio Feminino do Serrotão de Campina Grande, Silnara Araújo Galdino, foi condenada na segunda-feira (3) a três anos e dois meses de prisão em regime aberto por um esquema que comandava na penitenciária concedendo declaração de trabalho falsas para detentas conseguirem progressão de pena. Ela foi sentenciada por falsidade ideológica e corrupção passiva.

No julgamento, ainda foram condenadas quatro detentas. Duas apenadas foram absolvidas.

Segundo o delegado Glauber Fontes, da Polícia Civil de Campina Grande, a fraude consistia em mover as detentas de um setor do presídio para outro, para que elas pudessem trabalhar em troca de redução de pena. “Após a transferência, o registro de horas trabalhadas era adulterado para que as detentas tivessem mais tempo de trabalho do que o que efetivamente foi cumprido,” explicou Glauber.

Silnara Araújo foi presa no dia 23 de janeiro de 2014, durante a Operação Remição, quando outra diretora e um advogado também foram presos, porém depois não ficaram entre os indiciados do Ministério Público. Na ação policial, quatro presidiárias que estavam no regime semiaberto retornaram para o fechado.

Além de Silnara Araújo, foram condenadas as detentas Carmen Bastos Moura, a quatro anos de reclusão, Maria Luiza do Nascimento, Precila Rodrigues Cesário e Rutineia Costa Ferreira, essas três a um ano e seis meses de prisão cada. Na decisão, a juíza Rosimere Ventura Leite diz que “a fraude é grave e contribui para fragilizar a credibilidade do sistema penitenciário”.
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