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Pelo menos um detento morreu nesta quarta-feira (19) após um tumulto que se estende desde o início da manhã na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o presídio Róger, em João Pessoa. Segundo o secretário da Administração Penitenciária, Walber Virgolino, dois detentos entraram em confronto e um deles acabou morrendo.

A confusão, segundo o secretário, teria começado quando os apenados que foram retirados dos pavilhões 5 e 6 estavam sendo levados novamente para esses setores. O motivo do confronto entre os apenados não foi totalmente esclarecido. Segundo Virgolino, alguns presos teriam informado que os dois detentos envolvidos na confusão tinham uma rixa por causa de uma mulher, já outros, informaram que o apenado morto teria sido assassinado porque era delator.

Uma operação pente fino será realizada ainda na noite desta quarta-feira dentro do presídio, com apoio da tropa de choque da Polícia Militar, e do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (Gpoe). Os dois pavilhões, segundo o secretário, estavam calmos até às 20h (horário local) mas serão novamente esvaziados, durante a operação, que também tem como objetivo identificar e extrair os culpados pelo tumulto.

A tarde o gerente do Sistema Penitenciário, Jardson Fonseca, informou a equipe de reportagem que os detentos ficaram revoltados após os agentes penitenciários descobrirem um buraco feito na parede do pavilhão 5 da unidade prisional.

O gerente disse que o motim ocorreu no início da manhã, porém, segundo ele, rapidamente foi controlado pelos agente penitenciários, que utilizaram balas de borracha com tiros de advertência. Mesmo com os disparos, segundo Jardson Fonseca, nenhum detento ficou ferido.

“O início de motim aconteceu apenas no pavilhão 5. A revolta foi motivado após a descoberta de um buraco, que era pequeno e nos leva a crer que foi feito para a comunicação entre os pavilhões. Com isto, eles ficaram revoltados. Entretanto, isto se caracteriza como crime contra o Patrimônio Público e não poderíamos deixar acontecer de forma alguma”, explicou Jardson.

Em seu relato, Jardson contou que a situação ficou complicada quando foi solicitado aos presos que saíssem de suas celas e fossem para o pátio, para que uma revista pudesse ser realizada, mas os detentos se recusaram a sair. “Para que eles saíssem das celas foram realizados disparos de bala de borracha, mas só de advertência. Eles estavam um pouco revoltados, mas no final tudo deu certo”, contou ele.

Contudo, uma outra versão também foi divulgada pela assessoria de comunicação da Secretaria da Administração Penitenciária. Segundo a assessoria da Seap, a confusão teria começado após uma tentativa de agentes penitenciários conduzirem presos para uma audiência.  A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou uma morte, mas não informa se há feridos na unidade.

Por G1
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