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“A violência nos presídios paraibanos é muito maior do que é retratada pela imprensa”, denunciou o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba, Padre João Bosco, nesta segunda-feira (24). O religioso adiantou que está sendo elaborado um relatório sobre a violência nos presídios paraibanos que será entregue, ainda nesta semana, para o governador Ricardo Coutinho e para a Justiça.

Segundo o presidente Padre Bosco, as duas últimas mortes violentas registradas no Presídio do Róger e no PB1, em João Pessoa, eram previsíveis devido à problemas nas unidades. “Se fizermos um levantamento só dos casos de violência divulgados pela imprensa em 2014, percebemos que há sérios problemas na administração das unidades prisionais do estado, afora os casos que permanecem nos bastidores’, afirmou o presidente do conselho, acrescentando que o documento pretende traçar um perfil fiel da situação, reunindo os casos noticiados e os bastidores.

Na manhã da última quinta-feira o apenado Felipe Rodrigues de Sousa, 24, foi encontrado morto dentro de uma das celas do PB-1, com perfurações provocadas por facadas no tórax e cabeça. Segundo o delegado de Homicídios, Pedro Ivo, o acusado do crime é Rafael Gutemberg da Silva, 25, que confessou o crime e disse que matou o companheiro de cela por motivos pessoais. “Rafael disse que o Felipe desrespeitou a mulher dele durante a visita. Usando uma faca artesanal, ele deu várias perfurações na vítima que morreu no local. Na cela, tinham 12 presos, mas apenas dois entraram em confronto”, afirmou o delegado.

No dia anterior foi registrada uma confusão no Roger entre apenados dos pavilhões 5 e 6. O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Walber Virgolino, informou que a briga começou após o remanejamento de presos destes pavilhões. Jonathan da Silva Laurentino, 22 anos, que cumpria pena por roubo, sendo o mesmo assassinado e esquartejado. Ele estava há duas semanas na penitenciária.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, os detentos dão duas versões para o crime: uma diz que um dos apenados teria provocado o outro após uma visita íntima da esposa. Já a segunda versão contada pelos presos é de que o apenado morto seria um “X-9″ e estaria dedurando outros apenados.


Com Click PB
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