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O juiz Vandemberg de Freitas decidiu pelo relaxamento da prisão, nesta segunda-feira (25), dos 18 policiais militares de Campina Grande envolvidos na suposta tortura seguida de morte do técnico em monitoramento Tiago Moreira Alves, 27 anos. Seis policiais estavam presos desde o dia 1º de novembro do ano passado e outros 12 tiveram a prisão decretada em 17 de dezembro, cumprindo pena na sede do 2º Batalhão da Polícia Militar em Campina Grande. Tiago morreu após ser vítima de suposta tortura praticada pelos policiais no dia 5 de agosto, no bairro do José Pinheiro.
 
 Segundo o comando do 2º Batalhão, os policiais ficarão exercendo trabalhos administrativos internos até o encerramento do caso. O juiz entendeu que os policiais já podiam responder em liberdade pelo crime, porque depois da audiência de instrução não haveria mais motivo para que eles pudessem atrapalhar o andamento do trâmite jurídico. O procedimento está em fase de alegações finais e depois segue para sentença do magistrado na 4ª Vara Criminal de Campina Grande.

O Ministério Público estadual havia solicitado, no último dia 24 de outubro de 2012, a prisão preventiva de todos os 18 envolvidos. O promotor Sócrates da Costa Agra revelou que a motivação do pedido foi para resguardar testemunhas e ainda permitir a ampla defesa dos acusados. Seis policiais militares tinham sido indiciados no inquérito presidido pela delegada de homicídios Cassandra Duarte.

O crime
 
Tiago Moreira, de 27 anos, morreu no dia 5 de agosto deste ano. A esposa da vítima, Alessandra Alves, afirmou que ele teve uma crise de abstinência de drogas e acabou invadindo a casa de um policial militar. A casa do PM fica a menos de 30 metros da residência da vítima. Lá, segundo a Polícia Civil, a vítima teria sido espancada até a morte por policiais.

De acordo com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Souza Neto, o policial e a esposa dele foram agredidos por Tiago e precisaram chamar reforço policial para conter o rapaz. No último dia 14 de setembro, os seis policiais militares foram indiciados pela delegada Cassandra Duarte, de um total de 18 que foram investigados no inquérito da Polícia Civil.

Por Jean Ganso, Com G1 Pb
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