Após
o Jornal Nacional divulgar nesta nesta terça-feira (19) uma pesquisa do
Ministério da Justiça que comprova o descaso do governo do estado com a
Segurança Pública na Paraíb, o Estadão também repercutiu na manhã
desta quarta-feira (20), o fato de os policiais do estado não possuírem
equipamentos de segurança necessários para o trabalho.
Confira a matéria:
Confira a matéria:
Pesquisas
divulgadas ontem pelo Ministério da Justiça comprovaram com dados
científicos o que a sociedade já desconfiava. A segurança pública do
País sofre de "grave problema de gestão" e é aplicada na base da
tentativa e erro em muitos Estados, segundo avaliou o ministro José
Eduardo Cardozo. "O empirismo da falta de informações precisas resulta
em ações malsucedidas e desperdício de dinheiro público. Historicamente,
gasta-se mal o pouco dinheiro que se tem", afirmou.
As
pesquisas, realizadas em 2012, com dados de 2011, revelam profunda
disparidade na estruturação da segurança dos Estados, nas condições de
trabalho e nas ações de enfrentamento ao crime. A mais emblemáticas
delas - Perfil das Instituições de Segurança Pública - mostra que mais
da metade das delegacias do País não realiza ações integradas com as
Polícias Militares, contrariando uma norma definida em lei há mais de
cinco anos. As condições de atuação policial também são distintas e em
16 Estados há mais homens do que armas na PM, a instituição mais
fragilizada entre as pesquisadas.
A PM de São Paulo, maior e mais
bem equipada do País, tem 85 mil policiais e 136,2 mil armas. Na maior
parte das unidades da Federação, porém, ocorre o contrário. No Rio
Grande do Norte e no Amazonas, por exemplo, existe uma arma para cada
dois policiais. Em Mato Grosso, há situação ainda pior: apenas 500
algemas para 6,9 mil policiais.
Em quatro Estados (Espírito Santo,
Paraná, Distrito Federal e São Paulo), há mais coletes à prova de bala
do que policiais. No outro extremo, nos Estados do Rio Grande do
Norte, Rio de Janeiro, Piauí e Paraíba, há um colete para cada quatro
policiais ou mais. São Paulo é também a unidade com maior número de
bases de polícia comunitária (486), conceito que o ministério quer
expandir por todo o País. No topo dos piores do ranking, Já o
Diagnóstico da Perícia Forense expõe a precariedade na maioria dos
Estados da polícia técnica brasileira, unidade responsável pela
qualidade da prova nos processos criminais. Em muitos deles, o Instituto
Médico Legal (IML) fica exclusivamente na capital e há crônica
carência de peritos no interior.
Há também 22 mil processos sem
laudos e mais de 30 mil laudos de necropsia não concluídos. Em 14
Estados, mais de 8 mil armas apreendidas estão acauteladas em locais
inadequados, com risco de muitas retornarem às ruas.
Sem verba.
Os estudos, divulgados pela primeira vez em conjunto, fazem parte do
Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça
Criminal (Sinesp). O objetivo, segundo o ministro, é orientar a
formulação de políticas públicas mais eficientes a partir de informações
sobre criminalidade, efetivo, equipamentos e outros diagnósticos
pedidos aos Estados. Quem não preencher corretamente as informações do
Sinesp será punido com a suspensão dos repasses de recursos federais,
que somam mais de R$ 600 milhões ao ano.
Com Click Pb