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O número de consumidores que buscaram crédito entre janeiro e abril diminuiu 7,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da Serasa Experian. É o pior desempenho na demanda por financiamentos desde o primeiro quadrimestre de 2008. Apenas em abril, a queda foi de 11,2% até março, e de 9,8% sobre o mesmo mês em 2011.

O aumento da inadimplência, constante desde o início do ano passado, tem feito com que os consumidores priorizem a quitação de dívidas em atraso e adiem a contratação de novos financiamentos, explica a Serasa.

Além disso, por causa da inadimplência mais elevada, as instituições financeiras tornaram-se mais rigorosas na aprovação de novos empréstimos, o que também contribuiu para desestimular a busca por crédito.


Classe de renda

A pesquisa da Serasa mostrou que os consumidores de todas as faixas de renda diminuíram a demanda por financiamentos na passagem de março para abril, mas a queda foi intensa entre os de renda mais alta.
Entre os que ganham entre R$ 5 mil e R$ 10 mil a procura caiu 12,5%. Na faixa de rendimentos entre R$ 2 mil e R$ 5 mil a busca recuou 12,3% no mês passado. Já os consumidores que ganham mais de R$ 10 mil por mês e os que recebem entre R$ 1 mil e R$ 2 mil mensais diminuíram a demanda em 11,8%.

No mesmo período, a demanda entre os consumidores que ganham de R$ 500 a R$ 1 mil por mês e os que recebem menos que R$ 500 mensais teve queda de 10,7% e de 9,1%, respectivamente.

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2012, os consumidores de baixa renda, que ganham até R$ 500 por mês, foram os únicos a manter sua demanda por crédito em expansão no período (alta de 1,6% frente ao mesmo período do ano passado).

Todas as demais faixas de renda diminuíram a procura no período, variando entre -6,4% (renda mensal superior a R$ 10 mil) e -8,9% (entre R$ 500 e R$ 1 mil por mês).


Regiões

Na análise por regiões, Sul (-15%) e Sudeste (-11,6%) registraram as quedas mais acentuadas na demanda em abril. Centro-Oeste (-9,2%), Norte (6,0%) e Nordeste (8,5%) tiveram quedas menos acentuadas.

No quadrimestre, a relação foi a mesma, com queda mais intensas no Sul (-9,4%) e no Sudeste (-8,7%) e menos Centro-Oeste (-5,1%). Nordeste (-5,1%) e no Norte (-1,3%).

Por Jean Ganso, com G1
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