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Considerada a cidade mais importante do Brejo paraibano, Guarabira será o foco da quinta reportagem da série Eleições 2012, do JORNAL DA PARAÍBA. O objetivo é deixar o leitor bem informado sobre os últimos acontecimentos políticos do município e mostrar quais as principais dificuldades enfrentadas pela população. A cidade sempre teve uma disputa política turbulenta. Nos últimos 30 anos, a disputa ficou polarizada por dois clãs: as famílias Toscano e Paulino, que se revezam no poder.

O passado político de Guarabira é marcado pelo comando de grupos escolhidos pela população ou imposto pelas oligarquias. Foi administrada por intendentes (autoridade ou pessoa de grande poder aquisitivo). Depois se formaram os conselhos municipais que passam a gerir a cidade. Em 1940 – época da queda de Argemiro de Figueiredo e crescimento de Ruy Carneiro – surgem novas lideranças políticas.

A volta da democratização só aconteceu em 1947. Sabiniano Alves Rego Maia, que foi um dos primeiros interventores de Vargas, foi escolhido prefeito da época. Osmar de Araújo Quirino, filho de Osório Aquino foi prefeito em 1955 e se tornou outra importante liderança da política. Durante muito tempo foi líder político e até hoje é considerado por muitos como o principal nome da política de Guarabira. O historiador José Octávio de Arruda Mello discorda. Para ele, Osmar era popular, tornou-se uma pessoa debochada e era visto nos bares com frequência, mas sua popularidade não chegava nas urnas.

Prova disso é que nas eleições de 1963, em uma disputa acirrada, Osmar Aquino perde para João Pimentel, figura que surgiu no cenário político em 1948. Anos mais tarde ele teve o mandato cassado e todo o seu poder político sofreu declínio. O filho de João Pimentel vem substituir o pai nas eleições de 1992, mas não com a mesma popularidade. Foi a única vez que conseguiu se eleger para o cargo de prefeito na cidade de Guarabira.

O desenvolvimento da cidade foi acompanhado pelos políticos.

Novos grupos se formaram. Conforme o historiador, os grupos políticos de Guarabira não tinham homogeneidade e sempre mudavam o direcionamento na hora de decidir quem apoiar.

Há 30 anos, a disputa política na cidade é polarizada pelos sobrenomes Paulino e Toscano. As duas famílias foram aliadas até o episódio Campestre, em Campina Grande, ocorrido em 1998 (saiba mais sobre o episódio Campestre na reportagem sobre Campina Grande, que sairá nas próximas publicações da série Eleições 2012). Na ocasião, Ronaldo Cunha Lima comemorava seu aniversário em uma grande festa. O evento, que deveria ser apenas um momento de alegria entre os participantes, rachou a aliança entre Ronaldo e José Maranhão. A consequência disso foi um rompimento de grupos aliados em vários municípios paraibanos, dentre os quais, Guarabira. (Com colaboração de Valéria Sinésio)

Por Jean Ganso,com Jornal da Paraíba
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