A Polícia Civil quer ouvir nos próximos dias três adolescentes suspeitos de chantagear uma menina de 13 anos em São Paulo. A garota foi estuprada pelo ex-namorado e outros sete colegas de escola e parte do crime foi filmado. De acordo com o delegado Luiz Fernando Pessoa da Costa Martins, o vídeo circula via Bluetooh nos telefones celulares dos colegas de escola onde ela estuda, na região do Parque Tietê, Zona Norte de São Paulo.
Os três garotos que serão ouvidos teriam exigido que a menina fizesse sexo com eles ou as imagens seriam divulgadas na internet. “O fato é que as cenas já estão nos celulares dos alunos na escola. Isso é lamentável. Vamos ouvir esses garotos para tentar apreender esse material e tentar impedir que essas imagens cheguem à internet”, disse Martins.
De acordo com Martins, que é delegado-adjunto no 72º Distrito Policial, na Vila Penteado, onde o caso foi registrado em 11 de maio, o caso do estupro só veio à tona quando a aluna decidiu contar para a mãe que estava sendo ameaçada pelos colegas.
Em seu depoimento à Polícia Civil, na companhia da mãe, ela ainda afirmou que era virgem e que os oito jovens, que têm idades entre 14 e 17 anos, também abusaram sexualmente de uma amiga dela, de 15 anos.
Pelo relato da vítima, ela e a colega foram raptadas na Rua Silvio Bueno Peruche por três adolescentes - um deles, um garoto de 15 anos, ex-namorado dela - que estavam num carro e levadas para uma casa, onde estavam outros cinco menores de 18 anos de idade que as embriagaram, drogaram e estupraram. Um dos supostos agressores filmou as relações com celular e distribuiu as imagens via Bluetooh para alunos da escola da vítima.
“Ela disse que bebeu um líquido estranho com a amiga e as duas ficaram zonzas”, disse o delegado Luiz Martins nesta segunda-feira (21) ao G1.
Posteriormente, outros três estudantes da escola onde a vítima estuda passaram a chantageá-la exigindo sexo em troca da não divulgação das cenas na web.
A outra suposta vítima de estupro, a estudante de 15 anos, ainda não foi localizada pela investigação do 72º DP para prestar esclarecimentos. Os oito adolescentes foram ouvidos junto com seus pais na delegacia e todos negaram o crime de estupro, mas confirmaram ter feito sexo com a garota de 13 anos e a filmagem das relações.
“Segundo eles, a garota de 13 anos, que já teria namorado um dos oito garotos, consentiu o sexo. Mas eu tive de explicar para eles, que mesmo com consentimento, ela só tem 13 anos de idade e pelo artigo 217 do Código Penal, isso configura estupro de vulnerável”, afirmou Martins.
De acordo com o delegado, o celular com o vídeo de sexo, que estava com um dos oito garotos ouvidos, foi apreendido. “Nas imagens não dá para ver o rosto da menina. Tudo indica que seja ela, mas também não dá para afirmar se houve ou não consentimento”, disse o delegado, que pediu exames na garota para tentar comprovar se ela manteve relações sexuais recentes.
Como o caso envolve menores de 18 anos de idade, a Polícia Civil irá informar a Vara da Infância e Juventude para que ela tome providências. Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), adolescentes são considerados infratores quando cometem crimes. E, nesses casos, a Justiça determina medidas sócio-educativas, algumas com restrição de liberdade.
O G1 não conseguiu localizar as vítimas, suspeitos e seus responsáveis para comentarem o assunto.
Por Jean Ganso,com g1
A Polícia Civil quer ouvir nos próximos dias três adolescentes suspeitos de chantagear uma menina de 13 anos em São Paulo. A garota foi estuprada pelo ex-namorado e outros sete colegas de escola e parte do crime foi filmado. De acordo com o delegado Luiz Fernando Pessoa da Costa Martins, o vídeo circula via Bluetooh nos telefones celulares dos colegas de escola onde ela estuda, na região do Parque Tietê, Zona Norte de São Paulo.
Os três garotos que serão ouvidos teriam exigido que a menina fizesse sexo com eles ou as imagens seriam divulgadas na internet. “O fato é que as cenas já estão nos celulares dos alunos na escola. Isso é lamentável. Vamos ouvir esses garotos para tentar apreender esse material e tentar impedir que essas imagens cheguem à internet”, disse Martins.
De acordo com Martins, que é delegado-adjunto no 72º Distrito Policial, na Vila Penteado, onde o caso foi registrado em 11 de maio, o caso do estupro só veio à tona quando a aluna decidiu contar para a mãe que estava sendo ameaçada pelos colegas.
Em seu depoimento à Polícia Civil, na companhia da mãe, ela ainda afirmou que era virgem e que os oito jovens, que têm idades entre 14 e 17 anos, também abusaram sexualmente de uma amiga dela, de 15 anos.
Pelo relato da vítima, ela e a colega foram raptadas na Rua Silvio Bueno Peruche por três adolescentes - um deles, um garoto de 15 anos, ex-namorado dela - que estavam num carro e levadas para uma casa, onde estavam outros cinco menores de 18 anos de idade que as embriagaram, drogaram e estupraram. Um dos supostos agressores filmou as relações com celular e distribuiu as imagens via Bluetooh para alunos da escola da vítima.
“Ela disse que bebeu um líquido estranho com a amiga e as duas ficaram zonzas”, disse o delegado Luiz Martins nesta segunda-feira (21) ao G1.
Posteriormente, outros três estudantes da escola onde a vítima estuda passaram a chantageá-la exigindo sexo em troca da não divulgação das cenas na web.
A outra suposta vítima de estupro, a estudante de 15 anos, ainda não foi localizada pela investigação do 72º DP para prestar esclarecimentos. Os oito adolescentes foram ouvidos junto com seus pais na delegacia e todos negaram o crime de estupro, mas confirmaram ter feito sexo com a garota de 13 anos e a filmagem das relações.
“Segundo eles, a garota de 13 anos, que já teria namorado um dos oito garotos, consentiu o sexo. Mas eu tive de explicar para eles, que mesmo com consentimento, ela só tem 13 anos de idade e pelo artigo 217 do Código Penal, isso configura estupro de vulnerável”, afirmou Martins.
De acordo com o delegado, o celular com o vídeo de sexo, que estava com um dos oito garotos ouvidos, foi apreendido. “Nas imagens não dá para ver o rosto da menina. Tudo indica que seja ela, mas também não dá para afirmar se houve ou não consentimento”, disse o delegado, que pediu exames na garota para tentar comprovar se ela manteve relações sexuais recentes.
Como o caso envolve menores de 18 anos de idade, a Polícia Civil irá informar a Vara da Infância e Juventude para que ela tome providências. Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), adolescentes são considerados infratores quando cometem crimes. E, nesses casos, a Justiça determina medidas sócio-educativas, algumas com restrição de liberdade.
O G1 não conseguiu localizar as vítimas, suspeitos e seus responsáveis para comentarem o assunto.
Por Jean Ganso,com g1