Ele me arrastou e me levou para o canto do terreiro e me imprensou em uma árvore. Minha filha lhe entregou mais R$ 30 reias, e ele ficou dizendo que era pouco. Ele imprensou meu pescoço, quase me sufocando.
Foi nesse momento que meu vizinho se aproximou em uma moto, aí ele (Adriano) fugiu.” Este é o relato da agricultora Raimunda Fontes da Silva, de 48 anos, residente no assentamento São Domingos, zona rural de Bananeiras-PB.
Na noite do dia 14 de Maio de 2012, a agricultora foi vítima de um assalto. O acusado, identificado como Adriano, queria apenas dinheiro, mas para isso, usou de força e violência contra a agricultora.
Dona Raimunda mora sozinha com três filhos pequenos. A família está traumatizada. As crianças e a adolescente de 17 anos, filha mais velha da agricultora, não conseguem ficar sozinhos na casa. O acusado que, no dia seguinte deixou a região, levou o dinheiro e a tranquilidade da família.
Após um crime que chocou o assentamento São Domingos, no município de Bananeiras, em 23 de Abril de 2005, quando foi morto de forma bárbara, o casal Pedro Rodrigues de Lira, de 78 anos e Avelina Jerônimo do Nascimento, de 76 anos de idade, a localidade sofreu um novo atentado à tranquilidade local. O caso registrado pela polícia no sábado – 14 de Maio – trouxe de volta o medo e o pânico àquela região.
Preocupados com a situação e, não querendo que outro crime bárbaro volte a acontecer na localidade, a Associação dos Trabalhadores Rurais do Projeto de Assentamento São Domingos, tendo a frente a presidente Elza, reuniu os moradores locais, para juntos, encontrarem uma forma de garantir a segurança de todos que vivem ali.
A primeira orientação foi evitar que estranhos venham para o assentamento sem serem identificados ou conhecidos; Outra medida adotada, é informar para a polícia a presença de estranhos na região.
Porém, a medida principal será um abaixo assinado solicitando da 2ª Cia. PM/Solânea, a presença mais constante de patrulhas rurais, para que possam tranquilizar os moradores da zona rural que vivem apavorados, temendo ações criminosas.
“O objetivo é fazer com que os assentados se unam, para juntos com a polícia, coibirmos a violência que atinge nossa região.”Destacou Elza, presidente da Associação.
Por Jean Ganso, com Focando a Noticia