A Policia Civil colocou em ação na madrugada de hoje a segunda etapa da Operação Hidra, que desarticula esquema de tráfico de drogas gerenciado dentro dos presídios sertanejos com a cumplicidade de funcionários públicos do sistema carcerário.
Sete pessoas foram presas até às 7h30. Outros mandados de prisões estão sendo cumprindo.
O delegado Cristiano Jacques, responsável pela operação, informou aos correspondentes do Sistema Correio em Patos que os alvos desta segunda etapa são integrantes do esquema que atua fora dos presídios.
Eles seriam responsáveis pela execução das ordens dos chefões do tráfico, dadas de dentro dos presídios.
"Prendemos primeiro os facilitadores – funcionários e presos - mas algumas pessoas que ficaram do lado de fora das grades continuavam comercializando as drogas", informou Jacques.
Hidra IA primeira etapa da operação Hidra foi deflagrada dia 21 de março na região de Patos. Na ação foram presas 21 pessoas, entre eles o diretor do Presídio Romero Nóbrega de Patos, Demitrius Dias, o ex-diretor Estênio Dantas e cinco agentes penitenciários.
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Além deles, foram presos Valtecir Arruda Maciel, preso em uma fazenda na zona rural de São José do Egito (PE).
Durante oito meses, a Polícia Civil investigou o esquema, com direito a gravar imagens onde agentes penitenciários faziam escoltas de detentos do presídio da cidade de Patos para cometer os crimes.
As ordens para execuções e alimentação do tráfico de drogas na Paraíba ocorriam nos presídios de Patos com ramificações nas cidades de São Bento, Sousa e São José do Egito, em Pernambuco
Significado de Hidra
A Hidra era uma serpente gigantesca e de muitas cabeças, que aterrorizava a região de Lerna, na Argólida. A picada da Hidra era extremamente venenosa, e contra o veneno não existia antídoto. Quando uma cabeça era cortada, outra nascia em seu lugar, e além disso uma delas era imortal.