A campanha de vacinação contra poliomielite e sarampo foi prorrogada
até o dia 31 de dezembro em virtude do não alcance da meta no Estado.
Até então, a cobertura vacinal da Paraíba contra pólio é de 92,83%
(243.232), já contra o sarampo é de 89,68% (209.459). Ambas superam o
percentual nacional, que hoje totalizam 90,98% e 85,17% para pólio e
sarampo, respectivamente. A meta a ser alcançada é de 95%.
De acordo com o enfermeiro do Núcleo de Imunização da Secretaria de
Estado da Saúde (SES-PB), Edson Lira, 62 municípios paraibanos ainda se
encontram abaixo da meta para pólio e 70 para sarampo. “A data final da
campanha não será prorrogada. Diante disso e do pouco que falta para
atingirmos a meta de 95%, o Estado está junto às gerências e municípios
revendo estratégias para o alcance da meta”, disse ele.
Edson afirmou, ainda, que é preciso que haja a conscientização da
população para a importância da vacinação. “É necessário que os
municípios realizem busca ativa e que os responsáveis compareçam às
unidades de saúde com suas crianças de seis meses a cinco anos, que
ainda não tomaram a vacina, o mais breve possível”
A campanha foi lançada, inicialmente, no período de 8 a 28 de
novembro, com a promoção de dois dias D: um no dia 8, em João Pessoa, e
outro no dia 22, na cidade de Cajazeiras. A meta é vacinar contra a
pólio, em todo Estado, 262.008 crianças com idade entre seis meses e
cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias). Já contra o sarampo, a
meta é vacinar 233.567 crianças de um a cinco anos (quatro anos, 11
meses e 29 dias).
Oficialmente, as atividades da campanha serão encerradas no próximo
dia 31 de dezembro e, diante disso, a SES-PB reforça aos municípios que
alimentem o sistema com os números das doses que já foram aplicadas e
ainda não foram inseridas, ao mesmo tempo em que o Núcleo Estadual de
Imunização da SES se coloca à disposição dos municípios para esclarecer
qualquer dúvida e dar o apoio técnico necessário.
Entre 2013 e 2014, foram registrados 596 casos de sarampo no País,
com maior concentração nos estados do Ceará (365) e Pernambuco (224).
Quanto à poliomielite, desde 1990 que não são registrados casos em todo
País. Por conta disso, em 1994 o Brasil recebeu da OPAS a certificação
de área livre de circulação do poliovirus selvagem, juntamente com os
demais países das Américas.
Poliomielite
A poliomielite (paralisia infantil) é uma doença causada pela
infecção pelo poliovírus. O vírus se espalha por contato direto pessoa a
pessoa, por contato com muco, catarro ou fezes infectadas. O vírus
entra através da boca e do nariz e se multiplica na garganta e no trato
intestinal, sendo absorvido e espalhado pelo sangue e pelo sistema
linfático. O período da infecção pelo vírus até que surjam os sintomas
da doença (incubação) varia de cinco a 35 dias (em média de sete a 14
dias).
Sintomas – Na maioria dos casos, a infecção pelo
vírus da poliomielite pode ser assintomática. Isso não impede sua
transmissão, pois é eliminado pelas fezes e pode contaminar a água e os
alimentos. Quando se manifestam, os sintomas variam de acordo com a
gravidade da infecção.
Sarampo
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa provocada pelo morbili
vírus e transmitida por secreções das vias respiratórias, como gotículas
eliminadas pelo espirro ou pela tosse. O período de incubação, ou seja,
o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, é de
aproximadamente 12 dias e a transmissão pode ocorrer antes do
aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que
surgiram placas avermelhadas na pele. É uma doença potencialmente grave.
Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro.
Sintomas – Além das manchas avermelhadas na pele
(exantema maculopapular eritematoso), que começam no rosto e progridem
em direção aos pés, podemos citar os seguintes sintomas: febre, tosse,
mal-estar, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas brancas na
parte interna das bochechas (exantema de Koplik). Otite, pneumonia,
encefalite são complicações graves do sarampo.