O ex-governador e vice-presidente estadual do PMDB,
Roberto Paulino, deverá assumir a presidência do partido a partir do
próximo mês de dezembro, mais precisamente no dia 18, quando ocorrerá a
eleição para formação da nova Executiva estadual da legenda na Paraíba.
A ascensão de Paulino ao cargo de
presidente da sigla ocorrerá devido a um acordo firmado em 2012, quando o
PMDB vivia momento de crise entre o grupo do atual presidente, o
senador eleito José Maranhão (PMDB), e do ex-senador Wilson Santiago, e
ficou decido, inclusive com o referendo da Direção nacional, que o
vice-presidente assumiria o comando do partido na próxima disputa.
Na oportunidade, Maranhão ficou com a
presidência, mas aceitou o acordo para Wilson Santiago, então primeiro
presidente, assumir o comando do partido a partir de 18 de dezembro de
2014. Como Santiago deixou o PMDB em fevereiro de 2013 para comandar o
PTB, Paulino, que era o segundo vice, assumiu a vice-presidência e, caso
Maranhão cumpra o que foi acordado em 2012 com o aval da Executiva
nacional, será o futuro presidente estadual do partido.
O curioso é que as eleições do PMDB
ocorrerão em um novo momento de crise interna do partido, uma vez que o
ex-prefeito de Campina Grande e deputado federal eleito, Veneziano Vital
do Rêgo, vem defendendo punição aos “traidores” da legenda no último
pleito estadual. Veneziano, que chegou a lançar pré-candidatura a
governador, acredita que teve o nome rifado por “colegas” de legenda.
Hoje, Veneziano defendeu as saídas de
Maranhão do comando da Executiva estadual e do deputado federal reeleito
Manoel Júnior do comando da presidência do diretório municipal de João
Pessoa. Ele também defendeu os nomes do seu irmão, o senador Vital do
Rêgo Filho, e de Paulino para presidente estadual, mas não citou nada
sobre o acordo de 2012 para o vice ser alçado a presidente.
Diferentemente de Veneziano, Maranhão não
defende punição aos supostos “traidores”. O senador eleito disse que
“respeita o posicionamento de Veneziano, mas lembra que o deputado
eleito se beneficiou do voto dos infiéis”. “Ele mesmo foi votado em
muitos municípios onde seu irmão [Vital do Rego] não foi apoiado",
declarou.
Por Mais PB