A
assessoria jurídica da Coligação “A Força do Trabalho”, encabeçada pelo
governador Ricardo Coutinho (PSB), denunciou, na tarde desta
quinta-feira (24), durante entrevista coletiva na sede da Associação
Paraibana de Imprensa (API), um suposto esquema de compra de apoio de
prefeitos para as eleições estaduais na Paraíba, envolvendo a coligação
“A Vontade do Povo”, que tem como candidato ao Governo do Estado o
senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
A suposta cooptação de
prefeitos, com cifras de que chegam até R$ 600 mil, envolve também o
presidente da Assembleia legislativa da paraíba (ALPB), Ricardo Marcelo.
Segundo
o advogado Fábio Rocha, sua equipe tem em mãos, ligações que serão
entregues a Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Eleitoral
(MPE), na qual o prefeito de Caiçara, Cícero Roberto, aparece negociando
a venda do apoio a Cássio. Ainda segundo o advogado, na ligação para
Cícero Roberto são citados valores de 200 e 600 mil reais.
“A
coligação pede que o Ministério Público Eleitoral e a Policia Federal
investigue o caso. É um esquema avassalador de compra de prefeitos e
lideranças politicas. A gravação citando nomes do senador Cássio, do
presidente da Assembleia e outras lideranças. A Policia Federal tem hoje
o mote da investigação”, afirmou.
“É essencial que a Polícia
Federal e o Ministério Público Eleitoral quebrem os sigilos telefônicos e
fiscais destas autoridades para identificar este esquema de compra de
votos na Paraíba”, acrescentou.
Fábio Rocha revelou também que na
denúncia que será formalizada na PF e no MPE tem ligações com outros
prefeitos e lideranças, mas não pode citar os nomes para não atrapalhar
as investigações.
O advogado Francisco Ferreira, também da Coligação “A Força do Trabalho”, afirma que a gravação foi legal.
“O
interlocutor que gravou fez para contribuir com a Justiça, por ter
tomado conhecimento de que havia uma negociata criminosa em curso de
compra de prefeitos por parte do grupo do senador Cássio Cunha Lima”,
afirmou.
“A justiça só entende como ilegal a gravação feita sem
autorização judicial, quando nenhum dos interlocutores sabe que estão
sendo gravados. Se um dos interlocutores sabe que estar sendo gravado e
grava no intuito de desvendar crime , nesse caso, crime eleitoral, a
gravação é perfeitamente válida”, acrescentou.
Com MaisPB