Dois presidiários foram assassinados dentro do Presídio Flósculo da
Nóbrega, conhecido como ‘Presídio do Roger’, em João Pessoa. Os
homicídios ocorreram neste domingo (6), após a visita de familiares aos
detentos. O gerente executivo do Sistema Penitenciário da Paraíba
(Seap), o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, negou a existência de uma
rebelião, conforme informou parte da imprensa paraibana. Uma sindicância
será aberta para apurar o caso.
De acordo com a direção da
unidade prisional, um dos mortos foi identificado como Alexsandro do
Nascimento Silva, 30 anos, conhecido como ‘Alex Chinês. Segundo
informação da direção do presídio, a morte do detento foi como forma de
represália de outros presidiários.
Os presidiários mortos são
integrantes da “Al Qaeda” e Alexsandro teria executado o companheiro sem
uma ordem do comando da facção. 'Alex Chinês' teve a cabeça degolada e
colocada no meio das pernas. Os assassinatos cometidos com golpes de
espetos, ocorreram dentro no pavilhão 4.
Segundo a
direção do presídio, após o encerramento do horário de visitas - que foi
aberto para os cerca de 600 detentos dos pavilhões 2, 3 e 4
(integrantes da “Al Qaeda”) - os agentes estavam conduzindo os apenados
de volta às celas quando foi percebido um início de tumulto. Após
intervenção, os detentos se recolheram e “Alex Chinês” foi encontrado
morto, jogado junto ao corpo do outro detento assassinado por ele.
Familiares
de detentos afirmaram que não houve tumulto durante a visita. Poucas
horas após os corpos serem encontrados, policiais do Batalhão de Choque
da Polícia Militar entraram na penitenciária para evitar tumultos e dar
suporte aos agentes da Gerência Executiva de Medicina e Odontologia
Legal (Gemol), na remoção dos corpos.
Segundo informações da
penitenciária, “Alex Chinês” chegou ao presídio no dia 14 de dezembro e
já havia cumprido parte de sua pena na Penitenciária Romeu Gonçalves de
Abrantes (PB1).
Ele respondia por latrocínio e formação de quadrilha. Os
detentos responsáveis pelo assassinato de “Alex Chinês” ainda não foram
identificados.
Por Jean Ganso, Com Portal Correio