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A programação jornalistica da emissora não deve ir ao ar nesta quarta-feira (28). (Foto: Arquivo / Joab Freire)
Sem receber salários desde novembro, os funcionários do departamento de jornalismo da Rádio Rural de Guarabira paralisam suas atividades durante toda esta quarta-feira (28) e a programação jornalística da emissora não deverá ir ao ar.

A informação foi confirmada na noite desta terça-feira (27) ao CartaPB por uma pessoa ligada à Rádio que informou que a decisão da paralisação foi tomada pois, além dos vencimentos atrasados, os profissionais não receberam o 13º salário e sofrem constantes “humilhações” por parte da direção da emissora.

Entretanto, a fonte – que pediu para não ser identificada – não quis revelar que tipos de “humilhações” são submetidos os profissionais, mas destacou a, segundo ela, “incompetência” da atual gestora. “De nada sabe de nada entende”, disse apontando-a como “sem traquejo” para gerenciar a emissora.

Além disso, a fonte destacou que a Rádio Rural enfrenta uma crise administrativa e financeira, exemplificando pela falta de equipamentos e manutenção no prédio sede da emissora.

Cultura

No último domingo (25), segundo a fonte, a Rádio Cultura ficou fora do ar por uma “falsa manutenção nos transmissores”, quando na verdade fora a falta de um profissional operador de áudio.

A Rádio Cultura é uma das primeiras emissoras da Paraíba com outorga para migrar para FM, recebida em mãos pelo empresário João Rafael, em Brasília.

Grupo em Crise

As Rádios Rural e Cultura de Guarabira integram junto com concessionárias de veículos, fábricas de confecções, lojas e outros ramos comerciais, industriais e serviços, o Grupo João Rafael, que emprega centenas de pessoas de Guarabira e da Região, e passou por delicada situação este ano, com lojas e fabricas fechadas, férias coletivas e demissões em massa.

Multas

Além do conturbado momento que vive as empresas, em 2016, durante o período eleitoral, as emissoras do Grupo João Rafael, foram multadas várias vezes pela Justiça, superando a importância de R$ 100 mil.

O CartaPB efetuou diversas ligações para a emissora buscando a versão da direção, mas não obteve retorno.
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