Em 2018 a Paraíba registrou 1.044 casos de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes, de acordo com dados divulgados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), nesta segunda-feira (20). Esses números – que representam uma média de 2,8 casos por dia – foram enviados pelos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas), regionais e municipais.
Segundo o MP, 5.822 violações de direitos contra o público infanto-juvenil foram contabilizadas em 2018, na Paraíba. Os dados apontam que o abuso e a exploração sexual são a terceira violência mais praticada contra menores de 18 anos no estado, abarcando aproximadamente 16% do total, atrás da negligência, com 41%, e da violência psicológica, com 22%.
Já em relação aos municípios, o MP constatou que os que mais registraram casos foram Campina Grande, Ingá, Conde, Itabaiana, João Pessoa, Coremas, Sousa, Guarabira, Lagoa Seca e Cabedelo.
Conforme o promotor Alley Escorel, dados do serviço nacional de denúncia de violência contra crianças e adolescentes, o Disque 100, indicam que em 70% dos casos de abuso e exploração sexual na Paraíba os agressores foram o pai, o padrasto ou a mãe da vítima. O promotor é coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente.
Ele informou que a simples suspeita de casos como esses pode ser informada anonimamente por telefone, por meio do Disque 100, aos Conselhos Tutelares ou às Promotorias de Justiça do MPPB. Após isso, as denúncias devem ser investigadas pelos órgãos responsáveis.