O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado estadual Gervásio Maia, reabriu na manhã desta sexta-feira (17) o Parlatório do Povo Deputado Tota Agra. A Sessão Especial contou com uma Audiência Pública que discutiu a Reforma da Previdência.
Para Gervásio, a Assembleia Legislativa faz história e devolve ao povo um espaço para o exercício da democracia participativas. “A abertura do parlatório vai devolver ao povo um espaço que sempre foi seu”, ressaltou o presidente.
Gervásio ressaltou ainda que sindicatos, associações, representações de entidades estudantis e ONGs farão uso do Parlatório para dar voz às suas reivindicações. “O objetivo é transformar este espaço em um palco dos grande debates democráticos de nossa Paraíba”, afirmou.
A Sessão Especial discutiu a Reforma da Previdência, em uma propositura da deputada Estela Bezerra e do deputado Jeová Campos.
A deputada estadual Estela Bezerra falou sobre o impacto da Reforma para os trabalhadores rurais.”Nossos companheiros tem um rendimento sazonal, durante 5 meses no ano. Dessa forma, esse trabalhador, por contribuir de cinco em cinco meses por ano, levaria ‘duas existências’ para chegar a contribuir com o tempo de serviço. A Reforma Previdenciária impacta na vida de todo trabalhador principalmente dos trabalhadores jovens, pois terão que contribuir por 49 anos para entrar em processo de aposentadoria”, esclareceu Estela.
Já o deputado Jeová Campos parabenizou Gervásio pela iniciativa de reabrir o Parlatório, pois a casa dá vez e voz ao povo com esta ação. “Presidente, sua iniciativa é brilhante. Demonstra que esta Casa não estará de costas viradas para quem efetivamente é razão da existência dela que são os cidadãos e as cidadãs da Paraíba”, declarou o deputado.
O presidente Fetag-PB, Liberalino Ferreira, disse que a Reforma da Previdência prejudica a todos os brasileiros, mas vai retirar os trabalhadores rurais do sistema de previdência. “Não sei o que o presidente tem contra quem trabalha na roça. Ele quer desmanchar uma luta que durou vários anos. Não queremos um direito a menos dos trabalhadores, que já pagam uma taxa para custear a despesa de previdência. Enquanto isso, o presidente perdoa débitos de grandes empresas e ficamos sabendo que não há débitos da previdência”, salientou Libralino.
A audiência contou a presença da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba, Central Única dos Trabalhadores, Frente Brasil Sem Medo, Sindicato dos Metalúrgicos, movimento de mulheres, Movimento Sem Terra, Sindicato dos Comerciários, Federação das Associações de Municípios da Paraíba, secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e da Ordem dos Advogados do Brasil, entre outras associações e entidades de classe.
A Sessão Especial também com a presença dos deputados Anísio Maia, Branco Mendes, Bosco Carneiro, Caio Roberto, Guilherme Almeida, Nabor Wanderley, Trócoli Júnior, Edmilson Soares, Lindolfo Pires, João Henrique além de vereadores e lideranças.
Parlatório
Projetada pelo arquiteto paraibano Tertuliano Dionísio, a construção do Parlatório teve início em 1971, durante a gestão presidida pelo deputado Jonas Leite Chaves.
A inauguração do Parlatório aconteceu em 15 de novembro de 1973, junto com a abertura da sede permanente da Assembleia, pelo presidente, deputado Egídio Madruga, com a presença do Governador Ernani Sátyro e pronunciamento do escritor José Américo de Almeida.
Em 1978, durante a disputa política entre Antônio Mariz e Tarcísio Burity, os deputados estaduais Manoel Gaudêncio, Edvaldo Mota e José Lacerda usaram o Parlatório para fazer campanha e, em 1974 e 1979, Frei Damião e Luiz Gonzaga, respectivamente, subiram à tribuna para receber o Título de Cidadão.
Paraíba Já