Todo domingo é a mesma coisa. Em algum presídio da Capital alguém será pego tentando entrar com celular ou droga. Mas neste domingo (10), um fato inusitado foi registrado. Na cena onde, normalmente, mulheres são flagradas com objetos ilícitos nas partes íntimas, um homem foi pego tentando entrar no presídio PB1 com um celular escondido no ânus. Ele teve que ser levado ao Hospital de Emergência e Trauma para que fosse feita a extração do objeto. No presídio do Róger ocorreu o de sempre. Uma mulher foi pega com uma feirinha de drogas escondida na vagina.
No PB1, que fica no bairro de Mangabeira, os agentes já haviam recebido informações de que um homem tentaria fazer uma visita utilizando uma carteira de visitante falsificada. "Diante dessa suspeita ficamos atentos aos movimentos dele. Quando tentou entrar, por volta do meio dia, nosso detector de metais alarmou. Estamos sem o obdy scan (aparelho que faz uma espécie de raio X ao vivo) e, diante de qualquer suspeita, mandamos logo a pessoa para ser examinada em um hospital. Foi o que fizemos com ele e foi descoberto que levava um celular escondido no ânus", contou Lincoln Gomes, diretor da unidade.
Para falsificar o documento, o homem conseguiu os dados pessoais do tio de um apenado, inclusive as certidões negativas da Justiça, em nome dessa pessoa, Walber Ferreira da Silva. Falsificou também o documento de identidade. Com isso a foto do RG é dele, mas os dados é do tio do preso. Após a prisão, o homem não revelou seu verdadeiro nome e será necessário que a Polícia Civil faça a identificação criminal do preso. Após receber alta no Trauma, ele foi levado para o Distrito Integrado de Polícia da zona Sul, onde foi autuado em flagrante.
Mulher com "feira" de droga no presídio do Róger
No presídio do Róger, a prisão do dia teve ares de normalidade, considerando a rotina de flagrantes nas unidades penais, embora a acusada levasse uma mini feira de drogas. Dentro de um pacote plástico, escondido na vagina, Jéssica Souza da Silva levava uma porção de cocaína, uma de maconha, cerca de 100 comprimidos de Ecstasy e cinco cartelas de LSD.
"A Polícia Civil fará a investigação, mas existem várias possibilidades. Pode ser que ela apenas entregaria a droga para o companheiro e pode ser que iria vender lá dentro, durante a visita. Já temos registros de mulheres que fazem esse tráfico, sem necessariamente ser encomendado pelos companheiros", explicou o diretor Davi Efraim Nigre. Jéssica foi flagrada por volta das 13h, no momento da visita íntima e foi levada para uma delegacia, para ser autuada em flagrante.