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O governador Ricardo Coutinho (PSB) e o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, inspecionaram, na tarde desta segunda-feira (30), as obras dos açudes de Poções e Camalaú, que integram o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. O ministro anunciou que voltará à Paraíba no dia 6 de março para a solenidade alusiva à chegada das águas na cidade Monteiro. Senadores, deputados federais e outras lideranças da região também participaram da visita às obras.

Em entrevista, Ricardo Coutinho afirmou que o Governo do Estado está fazendo sua parte em relação às obras ligadas a transposição, como a limpeza do leito do Rio Paraíba, construção de adutoras, entre outras. “A parte do Governo do Estado está em dia e estamos sempre dialogando com o Ministério da Integração para ajudar nesta importante obra para que a água chegue em Poções, em Camalaú e, posteriormente, em Boqueirão, porque estamos em uma situação bastante crítica”, destacou o governador.

“É preciso que a água chegue, já que a previsão de chuvas não é boa. Então, no início de março, as águas do Rio São Francisco devem chegar em Monteiro para amenizar os problemas decorrentes da seca e, um mês depois, mais ou menos, chegarão em Boqueirão”, acrescentou Ricardo.

De acordo com o ministro Helder Barbalho, as obras executadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) estão no ritmo desejado e, no início de março, tudo estará pronto para a chegada das águas do Rio São Francisco em Monteiro. “Fizemos hoje a inauguração da terceira estação de bombeamento em Pernambuco, também vistoriamos as estações de bombeamento 4, 5 e 6 e mantemos os prazos de chegada das águas em Monteiro. Provavelmente, na primeira semana de março, no dia 6 para ser mais específico, voltaremos à cidade para fazermos uma solenidade em alusão à chegada da água no município, beneficiando os habitantes dessa região paraibana”, pontuou.
Até o mês passado, o projeto de integração do Rio São Francisco apresentava mais de 94% de conclusão. Na reta final, o projeto possui em torno de 5,6 mil trabalhadores contratados para atuarem nos dois eixos de transferência de água (Norte e Leste). São mais de 2,3 mil máquinas em operação ao longo dos 477 quilômetros de extensão do empreendimento.

De acordo com o coordenador do Dnocs na Paraíba, Alberto Batista, as intervenções feitas em Poções e Camalaú são necessárias para que a água chegue o mais rápido possível às cidades que necessitam, como Campina Grande.

“As obras no açude de Poções estão orçadas em cerca de R$ 22 milhões, incluindo modernização e automação do sistema. Já Camalaú, representa um investimento de mais de R$ 10 milhões. Após a chegada das águas no Açude Poções, a água segue pelo Rio Paraíba indo até Camalaú, até chegar ao Açude de Boqueirão, que abastece Campina Grande e outras cidades. Estamos trabalhando muito para cumprir o prazo estipulado para a chegada das águas em Monteiro”, garantiu.

Obras

O Governo do Estado vem realizando obras complementares da transposição que incluem a construção de canais, adutoras e sistemas de esgotamento sanitário, com destaque para o Canal Acauã-Araçagi, realizada em parceria com o Governo federal, cuja primeira etapa está praticamente pronta.

Além disso, já foi concluída a limpeza do leito do Rio Paraíba, no trecho entre a Barragem de São José e Poções, e até a chegada das águas no estado, o trecho entre Poções e o açude de Boqueirão, que abastece Campina Grande, deverá estar pronto.

As águas da transposição do Rio São Francisco chegarão em março na Paraíba pelo Eixo Leste, por meio do Canal das Vertentes Litorâneas (Acauã-Araçagi), considerada a maior e mais importante obra hídrica da história da Paraíba.

A obra tem orçamento de R$ 1 bilhão e vai beneficiar mais de 600 mil habitantes de 38 municípios paraibanos, incluindo irrigação de 16 mil hectares. Dividida em três lotes, a primeira etapa, com 40 km de extensão, tem mais de 90 por cento concluída e vai ficar pronta até março para atender os municípios de Itatuba, Mogeiro, Itabaiana e São José dos Ramos.

Já o Sistema Adutor da Borborema, projeto em fase de elaboração, pretende expandir a eficiência da transposição no Estado e vai beneficiar toda a rede de adutoras do Cariri e Curimataú. Com o objetivo de levar segurança hídrica a 43 municípios paraibanos e a uma população estimada em 247 mil habitantes, o sistema a ser implantado na cidade de Monteiro, compreende uma rede adutora de 750 km de extensão.

Entre outras obras que o Governo do Estado vem realizando para receber as águas da transposição do rio São Francisco estão em andamento as do esgotamento em 11 municípios: Belém de Brejo do Cruz, Coremas, São Bento, São José de Piranhas, Cabaceiras, Caraúbas, Coxixola, Livramento, São José dos Cordeiros, Serra Branca e Taperoá. As obras estão sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia (Seirhmact).

Totalizando mais de R$ 76 milhões em investimentos provenientes do PAC/ Funasa, os esgotamentos sanitários são importantes para garantir a qualidade da água que chegará aos municípios de forma segura para o uso e o consumo da população beneficiada.

Mais nove cidades também receberão obras do Governo do Estado para chegada das águas provenientes da transposição do Rio São Francisco: Boqueirão, Juazeirinho, Aparecida, São João do Cariri, São Domingos do Cariri, Santo André, Poço José de Moura e São Domingos de Pombal e São Francisco.




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