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Em menos de um mês, a sociedade paraibana presenciou três casos envolvendo policiais militares com problemas psicológicos e o uso indevido de arma de fogo.
O primeiro deles ocorreu no dia 05 de março, quando o Cabo André Pereira, afastado de suas atividades por problemas psiquiátricos, resolveu tomar as dores de sua esposa e matar o desafeto dela, o soldado Ian Tavares.
O Cabo André não estava podendo portar arma, mas mesmo assim estava armado quando invadiu a casa do soldado Tavares, sendo atingido por disparos de arma de fogo e morrendo no local.
O segundo caso ocorreu no dia 15 ainda de março, nas dependências dos Centro de Educação da Polícia Militar, quando o Sargento Edson Lira disparou sua arma acidentalmente, atingindo seu companheiro de curso, o sargento J. Lúcio, que não resistiu ao ferimento e morreu no hospital de traumas.
O Sargento Lira era dependente de álcool e drogas ilícitas e fez tratamento durante um longo tempo, ficando inclusive sem direito de portar arma de fogo. No dia do acidente, o sargento Lira ingeriu bebidas alcoólicas, teve alucinações e disparou sua arma acidentalmente, causando a morte inesperada do outro militar.
O terceiro e último caso ocorreu na noite desse sábado (31), no último de março, quando o Capitão da Polícia Militar Alexandre Enedino disparou contra seu vizinho.
O crime ocorreu após o capitão não resistir as provocações da vítima e disparar sua arma contra ela. O oficial também estava em tratamento médico psiquiátrico e não podia estar portando arma de fogo.
Sem dúvida, essas ocorrências despertam a atenção para um problema que afeta os agentes de segurança pública, que é a saúde mental. O alto nível de estresse, a cobrança exacerbada por metas, regulamento disciplinar rígido e a atividade de alto risco podem ser as causas de desequilíbrio mental dos policiais.
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