A Secretaria de Administração
Penitenciária do Estado está instalando um conjunto de equipamentos de
raio-x nos maiores presídios do Estado, para impedir a entrada de
drogas, armas e celulares nas unidades e evitar situações vexatórias aos
visitantes. As máquinas que escaneiam bagagens já estão sendo
instaladas, e, até o final de novembro, devem começar a funcionar os
bodies scanners, equipamentos que conseguem detectar objetos até dentro
do corpo. As unidades prisionais que estão recebendo o reforço são os
presídios do Róger, PB1, Sílvio Porto (em João Pessoa) e Serrotão (em
Campina Grande).
De acordo com o secretário Wallber
Virgolino, alguns equipamentos já chegaram aos presídios e a empresa
responsável pela instalação dos equipamentos já foi notificada. Segundo o
gestor, os novos equipamentos vão dar mais precisão ao sistema de
revista na entrada dos presídios. O Serrotão é o único que receberá
dois scanners corporais.
O secretário explicou que a revista será
destinada a todos os que entrarem nas penitenciárias, até autoridades.
“A mudança é que agora não teremos o contato pessoal dos agentes com os
visitantes. O raio-x detecta tudo, através de som e imagem. Os materiais
metálicos são identificados pelo som, enquanto os outros através da
imagem. Caso haja fundada suspeita, nós procedemos com a outra revista
(com o contato do agente)”, afirmou.
De acordo com Wallber, o investimento
feito pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para
implantar o sistema nos presídios foi de R$ 2 milhões. Segundo ele, não
há a previsão de instalar o sistema em outros presídios paraibanos.
Atualmente, a Paraíba conta com 19 presídios e 63 cadeias públicas, que
abrigam aproximadamente 9.700 detentos, segundo o secretário.
Oito mil celulares apreendidos
De acordo com as estatísticas da Seap,
do início de 2013 até hoje, no sistema penitenciário da Paraíba, foram
apreendidos cerca de oito mil celulares e cinco mil armas brancas (facas
e objetos cortantes) e, nos presídios do Róger e do Serrotão, foram
pegos três armas de fogo (revólveres ou pistolas).
O secretário Wallber Virgolino afirma
que a maioria dos objetos, como drogas e armas, que entra nas
penitenciárias são carregados pelos familiares dos presos. “Hoje, 80%
dos objetos são levados pelas famílias dos presos, 15% entram pelos
muros, as pessoas arremessam para os presos, e 5% entram devido à
corrupção de agentes. Para estes, nós investigamos com sindicâncias e
abrimos entre 10 e 20 processos administrativos disciplinares, por dia,
para apurar desvio funcional”, disse.
Por Portal Correio