O cabo Edvaldo Soares foi condenado a 31 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e estupro da enteada Rebeca Cristina, de 15 anos. O corpo dela foi encontrado às 14h30 do dia 11 de julho de 2011, na mata do bairro Jacarapé, em João Pessoa. A menina havia desaparecido após largar do turno no Colégio da Polícia Militar, em Mangabeira. O padrasto foi julgado no Fórum Criminal da Capital em sessão que começou às 9h da manhã dessa quinta-feira (28) e se estendeu por mais de 15 horas, sendo encerrada à meia-noite deste 1º de março de 2019, sete anos após a tragédia.
Segundo o processo, o cabo Edvaldo estaria acompanhado de um homem ainda não identificado, quando teria praticado os crimes. As investigações apontam que o cabo Edvaldo assassinou Rebeca porque ela teria descoberto um suposto relacionamento do padrasto com um homem. Ele nega o caso e a autoria dos crimes.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apontou em sua denúncia formalizada junto à Justiça que Rebeca foi morta com um tiro na nuca. “A vítima foi assassinada sem nenhuma chance de defesa, em forma de execução sumária, com um tiro na região occipital, após sofrer estupro.”
Na decisão de pronúncia, o juiz Marcos William de Oliveira já havia afirmado que “os crimes de homicídio e estupro estão indiscutivelmente materializados, como apontam os laudos de Exame de Corpo de Delito, causa inafastável do evento morte da ofendida”. O laudo pericial apontou que a causa da morte foi “traumatismo cranioencefálico, decorrente de ferimento penetrante causado por projétil de arma de fogo.”
A mãe de Rebeca, que passou mal durante o júri e foi atendida por equipe médica de plantão, contou ao ClickPB que neste dia de julgamento do ex-companheiro teve a sensação de estar revivendo a data em que o corpo da filha foi encontrado.
O advogado de defesa da família de Rebeca, José Jerônimo, considerou justa a pena aplicada ao cabo Edvaldo.