O Ministério da Saúde planeja
testar 500 mil pessoas em todo o país, durante dez dias, para saber se
elas são portadoras do vírus HIV, de hepatites ou sífilis.
Segundo a pasta, é o teste mais abrangente dessas doenças realizado
no país e antecede as iniciativas que marcam o Dia Mundial de Luta
contra a Aids, em 1º de dezembro.
Entre 22 de novembro e 1º de dezembro, a rede pública vai oferecer exames rápidos nos postos de saúde e em unidades móveis.
Cada estado vai definir seu plano de ação e encaminhá-lo ao governo até o dia 20.
O teste é feito com uma única gota de sangue, e o resultado sai em
meia hora, de forma sigilosa. Se der positivo, a pessoa recebe
aconselhamento médico.
O ministério estima que pelo menos 250 mil brasileiros vivam
atualmente com o HIV sem saber. Com o diagnóstico em mãos, o indivíduo
pode procurar acompanhamento clínico e acesso a medicamentos
antirretrovirais, que ajudam a aumentar a qualidade e a expectativa de vida do paciente.
Entre 2005 e 2011, o número de exames rápidos feitos no país
aumentou de 528 mil para 2,3 milhões, pelo programa “Fique Sabendo”. Só
este ano, de janeiro a setembro, foram distribuídas 2,1 milhões de
unidades, e a expectativa do governo é encerrar 2012 com uma remessa de
2,9 milhões de testes só para detectar o vírus da Aids.
Desde 2008, o exame é produzido no Brasil, pelo Instituto de
Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), e pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Por Jean Ganso, Com Focando a Noticia