Por volta das 5h30 desta sexta-feira (8), cerca de 400 policiais
federais saíram nas ruas da região metropolitana de João Pessoa para
prender policiais suspeitos de integrarem grupos de extermínio, de
segurança privada clandestina e ainda de extorsão de traficantes.
Durante a Operação Squadre estão sendo cumpridos 45 mandados de prisão,
11 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão, totalizando
75 medidas judiciais. As investigações começaram há cerca de um ano.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, entre os
presos na ação estão integrantes de três diferentes milícias. A primeira
é composta por policiais militares e civis, um agente penitenciário e
particulares, que atuavam como grupo de extermínio, principalmente na
região metropolitana de João Pessoa. As vítimas eram em geral presos e
ex-presidiários, assassinado em razão de acertos de contas.
O outro grupo era comandado por oficiais da Polícia Militar e
realizava segurança privada clandestina, bem como comércio ilegal de
armas e munições, usando para isso uma empresa em nome de laranjas. O
grupo criminoso, que contava também com o apoio de um Delegado da
Polícia Civil da Paraíba, é investigado, ainda, pela prática de crimes
financeiros e lavagem de dinheiro.
Já o terceiro grupo investigado é formado por policiais civis e
militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes
de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos.
De acordo com a polícia, os três grupos criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e munições.
A investigação, coordenada pela Polícia Federal com o apoio do
Ministério Público Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa Social
da Paraíba, começou há cerca de um ano e sua execução contou com a
participação do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT) e
dos Grupos de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPIs) de diversos
estados.
Segundo a PF, as provas obtidas no curso das investigações devem
ajudar na elucidação de vários homicídios praticados por todo o estado
da Paraíba. Às 9h (horário local) está prevista uma entrevista coletiva
no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, em
Cabedelo, onde será apresentado mais detalhes da ação.
Por Jean Ganso,Com Focando a notícia