A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, retirou na noite da sexta-feira (8) as cinco famílias que moravam no galpão de Mangabeira, em João Pessoa onde aconteceu a chacina que deixou cinco pessoas mortas na madrugada da sexta.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social da capital, Lau Siqueira, cerca de 20 pessoas, incluindo crianças, foram encaminhadas para um abrigo mantido pela prefeitura. Os suspeitos de terem cometido a chacina, três homens e uma mulher, foram detidos na noite da sexta-feira por policiais militares do 5° Batalhão.
Conforme informou Siqueira, a remoção das famílias do local foi finalizada por volta da meia-noite da sexta-feira. “Sentimos necessidade de remover as famílias do local após descobrir que ali funcionava um ponto de venda de drogas. Sabíamos que as famílias estavam com medo após os assassinatos, então relocamos essas pessoas para um abrigo da prefeitura. No momento da relocação, inclusive, notamos algumas pessoas que estavam com atitudes suspeitas e contatamos a polícia para acompanhar nosso trabalho”, comentou o secretário de Desenvolvimento Social.
Ainda de acordo com a secretaria de Desenvolvimento Social, cerca de 10 famílias moravam no galpão invadido. Algumas das pessoas que moravam no local e tinham algum envolvimento com o tráfico de drogas fugiram do prédio após a chacina, segundo Lau Siqueira. “As famílias que foram removidas não tinham qualquer ligação com o ponto de venda de drogas. Eram pessoas que moravam ali por necessidade, e falta de opção”, explicou Siqueira. Antes funcionava no local a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública. O galpão foi abandonado e hoje serve de abrigo para várias famílias.
As famílias relocadas serão incluídas no próximo projeto habitacional da Prefeitura de João Pessoa, que deve ser concluído no prazo de um mês, segundo o Lau Siqueira. A intenção da Secretaria de Desenvolvimento Social é incluir as famílias no aluguel solidário até que as novas casas sejam entregues. “Iremos pedir a interdição do prédio. Não podemos permitir que novas famílias ocupem aquele local. Seria importante que aquele bem fosse reorganizado como um equipamento público para população”, concluiu o secretário de Desenvolvimento Social de João Pessoa.
Por Jean Ganso, com G1 Paraiba
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